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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Ângelo Correia acusa Marcelo de
."extravasar funções constitucionais"
.e atuar "como comentador"
."extravasar funções constitucionais"
.e atuar "como comentador"
Marcelo Rebelo de Sousa "foi para além daquilo que são as suas missões constitucionais, omitindo o que devia fazer, e entrando no campo onde não devia estar", acusa Ângelo Correia.
O antigo ministro do PSD Ângelo Correia acusou o Presidente da República
de ter "extravasado funções constitucionais" ao falar em crise na
direita, defendendo que a sua missão é encontrar, junto dos partidos,
"modos de fortalecimento da democracia".
"Se
o senhor Presidente da República entende que há uma crise na direita, a
sua missão é tentar, junto dos partidos, encontrar processos e modos de
fortalecimento da democracia. O senhor Presidente da República escolheu
um método ao contrário, que é dizê-lo ao país, num jeito de um
comentador político e não de um supremo magistrado da nação", afirmou
Ângelo Correia, em declarações à agência Lusa.
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Questionado sobre a análise feita, na sexta-feira, pelo Presidente da
República de que "há uma forte possibilidade de haver uma crise na
direita portuguesa nos próximos anos", o atual coordenador do Conselho
Estratégico Nacional do PSD (um órgão criado pela direção de Rui Rio)
considerou que Marcelo Rebelo de Sousa "foi para além daquilo que são as
suas missões constitucionais, omitindo o que devia fazer, e entrando no
campo onde não devia estar".
"O Presidente da República não é um
comentador televisivo, é um integrador para assegurar o regular
funcionamento das instituições e isso não fez. Falhou, errou", apontou.
Por
outro lado, Ângelo Correia realçou que o chefe de Estado se assumiu
como "contraponto ao poder do Executivo e da maioria parlamentar que o
apoia".
"O senhor Presidente da República não é apenas um
contraponto, ele é uma parte de um todo que integra todo um sistema e no
qual ele se não pode substituir a partidos políticos. Dita da maneira
como ele o disse, não me parece muito clara, nem produtiva", defendeu.
Escusando-se
a fazer comentários sobre a situação do PSD, Ângelo Correia reiterou
que a missão constitucional do chefe de Estado é "ajudar a garantir o
regular funcionamento das instituições", considerando que tal depende em
grande parte "do funcionamento e da qualidade dos próprios partidos
políticos".
"Se há uma crise na direita, trata com os partidos,
tenta encontrar formas de apoio e de regeneração. Se apenas diagnostica
isso publicamente, ele não atua como Presidente da República, atua como
um normal comentador. Isso é um extravasar das suas funções
constitucionais", salientou.
Na sexta-feira, numa intervenção na
Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), em Lisboa, o
Presidente da República considerou que "há uma forte possibilidade de
haver uma crise na direita portuguesa nos próximos anos" e defendeu que,
num contexto destes, o seu papel "é importante para equilibrar os
poderes".
Marcelo Rebelo de Sousa comentava os resultados das
eleições europeias de 26 de maio, declarando que Portugal tem agora "uma
esquerda muito mais forte do que a direita" e que "o que aconteceu à
direita é muito preocupante".
No sábado, o líder do PSD, Rui Rio,
já tinha discordado da análise do Presidente da República sobre a
possibilidade de uma crise na direita portuguesa, considerando-a uma
visão "otimista" e "superficial", já que a crise é "transversal" ao
regime.
"A crise não está só à direita, a crise está no regime
com um todo. Neste momento está à esquerda no poder e, portanto,
disfarça à esquerda. Mas, o problema é transversal, nós temos uma crise
efetiva de regime, com um descrédito muito grande de todo o sistema
partidário, não é à direita nem à esquerda", declarou.
* Ali mesmo ao lado de Rui Rio Ângelo Correia já se põe em bicos de pés quiçá para ajudar a derrubá-lo. Contem as empresas deste empreendedor que entraram em falência e aquilatem o real valor da verborreia.
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