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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/
/DA MADEIRA"
ONU apoia conversações de Oslo entre governo e oposição da Venezuela
As
Nações Unidas anunciaram hoje que o secretário-geral, António Guterres,
é “muito favorável” às conversações entre o governo da Venezuela e a
oposição, que decorrem na Noruega, de modo a acabar com a crise no país.
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O
porta-voz das Nações Unidas, Stephane Dujarric, foi questionado na sede
da organização, em Nova Iorque, sobre uma possível participação da ONU
neste processo.
“Não quero prever o que pode acontecer, numa
situação que sabemos ser complicada. O que é claro é que os bons ofícios
do secretário-geral e os bons ofícios das Nações Unidas continuam
disponíveis”, defendeu.
Representantes do Governo e da oposição
venezuelana viajaram até à Noruega para participarem em conversas
exploratórias sobre uma solução para a crise política no país, noticiou
na quarta-feira a agência de notícias Associated Press (AP).
Juna
Guaidó, autoproclamado Presidente interino da Venezuela, afirmou que
não existem “nenhumas negociações” entre a oposição e o governo em Oslo,
explicando que em causa está uma “mediação” da Noruega para ajudar a
resolver a crise.
“Não há nenhum tipo de negociação”, disse Juan
Guaidó numa reunião política em Caracas, referindo-se ao envio de
“delegados” da oposição para uma “mediação” preparada nos últimos meses
pelo país escandinavo.
Membros da Assembleia Nacional (AN),
controlada pela oposição na Venezuela, que pediram para não serem
identificados, adiantaram à AP que altos membros de ambos os lados vão
estar envolvidos nas discussões em Oslo.
As mesmas fontes
indicaram que os representantes incluem o ministro da Informação
venezuelano, Jorge Rodriguez, e Stalin Gonzalez, um dos principais
membros da AN.
O Presidente venezuelano, Nicolas Maduro, não
abordou diretamente este assunto em declarações transmitidas na
televisão, na quarta-feira, mas deu conta que o ministro da Informação
estava numa missão “muito importante” fora da Venezuela.
A crise
política na Venezuela agravou-se a 23 de janeiro, quando o líder da AN,
Juan Guaidó, jurou assumir funções de presidente interino, formar um
Governo de transição e organizar eleições livres, contando com apoio de
mais de 50 países.
Na madrugada de 30 de abril, um grupo de
militares manifestou apoio a Juan Guaidó, que pediu à população para
sair à rua e exigir uma mudança de regime. Nicolás Maduro, no poder
desde 2013, denunciou a iniciativa do presidente do parlamento como uma
tentativa de golpe de Estado.
À crise política na Venezuela
soma-se uma grave crise económica e social, que já levou mais de 2,3
milhões de pessoas a emigrarem desde 2015, de acordo com dados da ONU.
* E a ONU tem outra escolha?
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