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HOJE NO
"DINHEIRO VIVO"
Nova associação quer agarrar
.“nova geração de motoristas de táxi”
.“nova geração de motoristas de táxi”
APMobi deverá contar com 1500 membros já nas próximas semanas e pretender salvar indústria responsável por cerca de 30 000 postos de trabalho.
É numa “corrida contra o tempo” para salvar
milhares de empregos que nasce esta terça-feira a APMobi – Associação
Portuguesa para a Mobilidade. É a terceira associação portuguesa que
representa os taxistas e que quer agarrar “numa nova geração de
motoristas”, que não se identificam com as opções tomadas pela Antral e
pela Federação Portuguesa do Táxi. A plataforma Mytaxi é uma das
principais promotoras desta associação.
A flexibilização das fronteiras
geográficas, a simplificação e flexibilização das tarifas, a
regularização das licenças de táxi e a facilitação do transporte para
passageiros provenientes dos portos e aeroportos são as quatro
principais bandeiras da APMobi.
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A nova associação pretende reunir-se “o
mais depressa possível” com outras entidades e com o próprio Governo
para mudar a legislação base do táxi, que data de 1998. Se não for
feito, segundo a APMobi, “poderão estar em causa mais de metade dos 30
000 postos de trabalho gerados pela indústria do táxi”, assinalou Pedro
Pinto, na qualidade de porta-voz da associação, durante a apresentação
aos jornalistas, em Lisboa.
“Queremos ser a voz de todos os motoristas que não se sentem defendidos
ou representados. Algumas das críticas ao sector do táxi não são justas.
Temos de criar um novo discurso para o Governo e os reguladores”,
acrescentou o também diretor-geral da Mytaxi para o mercado português.
Reivindicações
A APMobi pretende uma liberalização dos contingentes de táxis. Isto
impede, por exemplo, que um motorista apanhe um passageiro no aeroporto
Francisco Sá Carneiro, no concelho da Maia e o deixe no centro do
concelho do Porto para que depois possa transportar um outro cliente de
volta ao aeroporto. “O taxista tem de voltar ao aeroporto com o carro
vazio, o que gera uma situação gritante para a nossa profissão e
encarece a viagem”, referiu Carlos Moreira, embaixador da associação
para o distrito do Porto.
A associação também quer alterar as tarifas de táxi, “para que possa
proporcionar um serviço atraente para os clientes de hoje em dia”.
Também é defendida a regularização das licenças de táxi “para que
estejam ligadas à atual realidade das regiões”.
No Algarve, por exemplo,
existem 500 táxis ao serviço de uma região com 500 000 habitantes e que
ao longo do ano recebe quatro milhões de turistas, o que tem levado
plataformas de transportes como a Uber a conquistar terreno na zona sul
do país.
A APMobi também advoga a criação de uma
tarifa fixa para o transporte de passageiros vindos de portos e
aeroportos “para acabar com os casos de especulação de viagens”. Embora
estas viagens devam ter um preço mais baixo do que os 20 euros que
chegaram a ser sugeridos pelas associações de taxistas em 2015.
A simplificação da legislação do sector também é defendida pela APMobi.
“Cada vez que é preciso alterar algum ponto na lei, é necessário
consultar oito ou nove entidades”, lamentou Pedro Pinto.
Membros
Apresentada esta terça-feira, a APMobi, no curto prazo, deverá contar
com 1500 membros, que correspondem aos motoristas que trabalham para a
plataforma Mytaxi. Mas Pedro Pinto assinalou que a associação “está
aberta a toda a gente” e não serão pagas quotas.
A associação foi formada depois do início da subscrição de uma petição
pública em defesa do sector do táxi em Portugal. “Durante três anos
ouvimos os empresários e motoristas a pedirem-nos para que a Mytaxi se
mobilizasse. É isso que está a acontecer agora.”
Depois de resolver os problemas nas grandes cidades portuguesas, a nova
associação pretende cuidar dos direitos dos motoristas de táxis do
interior de Portugal, “onde ainda é prestado um verdadeiro serviço
público de transporte de passageiros” para hospitais e centros de saúde.
A APMobi surge numa altura em que os partidos com assento parlamentar
têm apresentado várias propostas para modernizar o sector do táxi. O
PSD, no dia 11 de março, entregou um projeto-lei que defende o fim dos
contingentes. Há um ano, o CDS-PP entregou um projeto-lei que defendia
novos tarifários para os táxis e a revisão das taxas e licenças.
Só que é uma corrida contra o tempo porque com a marcação de eleições
legislativas para 4 de outubro os trabalhos da Assembleia da República
estarão praticamente parados na segunda metade de 2019.
* Parecem-nos propostas com bom senso e pensamos que não pretendem ter 'rambos' como associados o que é um descanso.
* Parecem-nos propostas com bom senso e pensamos que não pretendem ter 'rambos' como associados o que é um descanso.
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