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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Só há seis países no mundo que
garantem igualdade laboral entre
homens e mulheres
Portugal aparece no segundo grupo de países mais bem classificados da lista, que é claramente dominada por estados europeus. Este ranking do Banco Mundial mede a desigualdade de género no percurso económico das mulheres
Só há igualdade a sério entre homens e mulheres em seis países do
mundo, revelou um estudo do Banco Mundial. Dito de outra forma: as leis
que regulam a atividade laboral e económica, na esmagadora maioria dos
países, põem obstáculos às mulheres. Isso só não acontece na Bélgica, Dinamarca, França, Letónia, Luxemburgo e Suécia.
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Estes
países lideram o ranking deste estudo, com a classificação máxima
(100). Na ponta oposta estão a Arábia Saudita (25,63), os Emirados
Árabes Unidos (29,38), o Sudão (29,38) e o Irão (31,25). Portugal aparece, com 97,50, no segundo grupo de países mais bem classificados, e que estão organizados por ordem alfabética.
Para
chegar a esta conclusão, o Banco Mundial acompanhou as mudanças
introduzidas na última década nas leis que afetam o trabalho. O
relatório, publicado esta semana, mediu a discriminação de género em 187
países. Há uma década, nenhum país concedia a mulheres e homens
direitos legais iguais.
O índice avaliou oito indicadores que
influenciam as decisões económicas que as mulheres tomam durante suas
vidas profissionais - da liberdade de movimentos, à obtenção de pensões -
rastreando os bloqueios legais ao emprego ou ao empreendedorismo.
Globalmente,
houve uma melhoria. A média subiu, de 70 para 75. Dos 39 países com
resultados superiores a 90, 26 são desenvolvidos.
O sul
da Ásia foi a região que mais subiu neste ranking, em 10 anos, tendo
agora uma média de 58,36 - quando era de 50 há uma década atrás. A
África Subsaariana aumentou de 64,04 para 69,63 no mesmo período,
liderada pelo progresso nas Ilhas Maurício.
O Médio Oriente e o
Norte de África são as zonas do mundo onde a igualdade menos avançou,
revela o estudo que foi apresentado pela presidente interina do Banco
Mundial, Kristalina Georgieva.
"A igualdade de género é uma
componente decisiva do crescimento económico", afirmou Georgieva. "As
mulheres são metade da população mundial e temos o nosso papel na
criação de um mundo mais próspero. Mas não teremos êxito se as leis nos
atrasarem."
O relatório considera que os grupos de defesa dos direitos das mulheres tiveram um papel fundamental na condução de reformas.
A
desigualdade salarial é um dos pontos mais importantes para a
descriminação de género. Mesmo na Suécia, que lidera a lista dos países
mais igualitários, há uma diferença de 5% entre os salários das mulheres
e o dos homens. E isso é um obstáculo ao crescimento económico, adverte
o Banco Mundial.
* Só seis países com igualdade laboral, é miserável.
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