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"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
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Pedro Arroja condenado a pagar dez mil euros a Paulo Rangel por difamação
Tribunal da Relação do Porto deu razão ao advogado que é candidato do PSD ao Parlamento Europeu no processo relativo à Associação Joãozinho. Foi mantida a condenação de Arroja por ofensa ao escritório Quatrecasas.
O economista Pedro Arroja foi condenado a pagar dez mil euros a Paulo
Rangel numa decisão do Tribunal da Relação do Porto que considerou
Arroja culpado do crime de difamação agravada por ter sido difundida na
comunicação social. O caso diz respeito a comentários feitos num canal
de televisão pelo economista que é o rosto da associação Joãozinho sobre
um trabalho jurídico sobre a construção da nova ala pediátrica do
Hospital de São João, no Porto.
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A Relação manteve a condenação de
Arroja a uma indemnização de cinco mil euros à Quatrecasas, escritório
onde trabalhava Rangel, pelo crime de ofensa a pessoas coletiva. A isto
acrescem as multas. No caso agora alterado - no julgamento de primeira
instância em Matosinhos Pedro Arroja tinha sido absolvido -, foi
condenado a uma multa de cinco mil euros. Como já tinha sido punido com
um multa de quatro mil euros, relativa à Quatrecasas, os juízes fixaram
agora em cúmulo jurídico uma multa total e única de sete mil euros. No total, foi condenado a 15 mil euros de indemnizações a Paulo Rangel e à Qutrecasas e aos sete mil euros de multa.
O
acórdão teve como relatora a juíza Paula Guerreiro e não recolheu
unanimidade. Um dos juízes desembargadores votou vencido, por considerar
que o interesse público "levava a que se devesse dar preponderância à
tutela da liberdade de expressão em relação ao interesse do ofendido à
reputação, a qual poderia ser sempre reposta".
Para condenar Arroja por difamação e à indemnização por danos
não patrimoniais a Rangel, o acórdão não alterar a matéria de facto
dada como provada em primeira instância, mas considera que é suficiente
para a condenação por difamação agravada.
Foi a 25 de
maio de 2015 que Pedro Arroja, no Porto Canal, teceu um comentário a
propósito de um trabalho jurídico sobre a construção da nova ala
pediátrica do Hospital de São João, no Porto. Acusou então o
eurodeputado do PSD Paulo Rangel e a sociedade de advogados, onde
trabalhava na altura, de contribuírem para a paralisação da obra,
financiada por mecenato. Arroja falou em "promiscuidade entre política e
negócios", sublinhando que Paulo Rangel era um "exemplo acabado" disso
porque é político e estava à frente de uma sociedade de advogados.
"Como
políticos andam certamente a angariar clientes para a sua sociedade de
advogados - clientes sobretudo do Estado, Hospital São João, câmaras
municipais, ministérios disto e ministérios daquilo. Quando produzem um
documento jurídico, a questão que se põe é se esse documento é um
documento profissional ou, pelo contrário, é um documento político para
compensar a mão que lhe dá de comer?!", afirmou o economista, em 2015.
Esta decisão da Relação do Porto foi tomada na quarta-feira, dia 27, e ainda é recorrível.
Pedro
Arroja é presidente da "Associação Humanitária Um Lugar Para O
Joãozinho", que foi constituída em janeiro de 2014, com o objetivo de
obter financiamento para a nova ala pediátrica do Hospital de São João,
no Porto.
* O sr. Arroja é um arrojado inconseguido.
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