04/03/2019

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HOJE  NO 
"DINHEIRO VIVO"
Novos passes em Lisboa renovados 
a partir de 26 de cada mês

Abril será o mês de transição para o novo título de transporte da área metropolitana de Lisboa. Haverá passes temporários e mais pessoas nas estações.

O passe metropolitano de Lisboa, de 40 euros, poderá ser comprado a partir do dia 26 de cada mês. Este é o esclarecimento da Área Metropolitana de Lisboa (AML) ao Dinheiro Vivo, depois do anúncio da mudança do período de validade dos títulos de transporte na região. Em vez de ter duração de 30 dias, o novo passe social para a AML será mensal, ou seja, terá validade a partir do dia 1 de cada. Mas a compra pode ser feita antecipadamente, para evitar problemas nas bilheteiras.
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“Como já acontece com os passes mensais, será possível comprar antecipadamente o novo título para a AML a partir do dia 26 de cada mês, ficando válido a partir do dia 1 do mês seguinte”, esclareceu fonte oficial. Ainda assim, a AML vai fazer reforço de meios para se preparar para eventuais ‘enchentes’ nas estações.

“Não digo que haja mais máquinas do que há atualmente mas haverá mais pontos de venda móveis. Estamos a contar com muitas boas vontades; é uma solução que integra o Governo, as autarquias e os operadores e que todos contam que corra muito bem”, destacou Carlos Humberto, primeiro-secretário da AML, em declarações ao Dinheiro Vivo. 

 O mesmo responsável alega que “cerca de metade das pessoas já tem passes mensais, ou seja, não há alteração” e que “hoje em dia, há múltiplas formas de comprar os passes, como o Multibanco, nas máquinas dos operadores e até através do portal Lisboa Viva. Havendo esse perigo [das filas], parece-nos que está atenuado”. O novo passe metropolitano para a AML poderá ser comprado a partir de dia 26 de março, adiantou esta manhã a TSF. Mas para que os utentes possam beneficiar deste título terão de ter um cartão Lisboa Viva, que tem de ser pedido com 10 dias de antecedência nas bilheteiras. O cartão Lisboa Viva é feito pela OTLIS – o agrupamento de bilhética das empresas de transportes da AML.

Solução transitória em abril
Só que muitos dos utentes dos transportes públicos terão o passe válido até meados de abril. Nestes casos, a AML está a estudar uma solução tecnológica que passe pela compra de um “complemento para que as pessoas consigam chegar até desse mês”. Este complemento, assegura Carlos Humberto, “ficará mais barato do que os títulos ocasionais”. 

 O primeiro-secretário da AML explicou também que o novo passe apenas funcione como um título mensal – e não a 30 dias – porque se trata de uma “alteração profundíssima a título tecnológico, com transformações complexas também do ponto de vista legal. Essas mudanças não seriam possíveis se fosse adotado o sistema deslizante”.

Além do passe metropolitano, a 40 euros, haverá um passe municipal em Lisboa, a 40 euros, e as crianças até aos 12 anos terão transportes públicos gratuitos dentro da área metropolitana de Lisboa. 

 No entanto, segundo a TSF, não está garantida a entrada em vigor no dia 1 de abril do passe família, que vai custar 80 euros para todos os elementos de um agregado familiar, por questões legais e tecnológicas. 

Carlos Humberto, ainda assim, afasta o adiamento da entrada em vigor do novo sistema de bilhética na AML. “Está praticamente tudo garantido. Por causa do passe família, não poderiam entrar em vigor os outros passes por causa disso? Garantidamente o passe municipal, metropolitano e de criança estão em condições de entrar em funcionamento dia 1 de abril.” 

 Com o passe metropolitano, os residentes dos 18 concelhos da AML poderão aceder a todos os meios de transporte por 480 euros e fazer viagem entre eles. A mexida nos passes de transportes dentro da Área Metropolitana de Lisboa é possível graças ao arranque do PART – Programa de Apoio à Redução Tarifária, em que o Estado, através do Fundo Ambiental, vai financiar a redução do custo dos passes intermodais nas áreas metropolitanas e nas comunidades intermunicipais. 

O Governo antecipa um aumento da procura de 10%, conforme referiu o ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Matos Fernandes, em entrevista ao Dinheiro Vivo em dezembro.

* Os passes municipal e metropolitano têm o mesmo valor?

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