15/02/2019

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HOJE NO 
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/  
/DA MADEIRA"
Paulino Ascenção fala em (falsas) indignações dos governantes regionais

O coordenador do Bloco de Esquerda/Madeira considera que “Cafôfo atira-se à TAP, tal como Albuquerque se atira à TAP, mas ambos falham o alvo”. As declarações de Paulino Ascenção surgem após Paulo Cafôfo ter colocado um post duro no seu Facebook, narrando na primeira pessoa todos os inconvenientes gerados por o avião em que viajava de Lisboa para a Madeira não ter conseguido aterrar. Mais tarde, José Prada ter criticado a postura. “Cafôfo atira-se ao Governo Regional e Albuquerque atira-se ao Governo da República e desta vez ambos acertam”, afirma num comunicado enviado à comunicação social.
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“A TAP trata mal os passageiros para a Madeira porque lhe foi dito que o pode fazer. Porque foi desobrigada de cumprir regras de serviço público após a liberalização de 2008. A TAP pode dar-se ao luxo de tratar mal os madeirenses porque não temos alternativa, por pior tratados que sejamos, temos de comer à mão da TAP. Os Governos (de cá e de lá) acabaram com as obrigações de serviço público e a concorrência nunca chegou”, afirma o coordenador bloquista em comunicado.

Paulino Ascenção assume que “o modelo de subsídio de mobilidade desde 2015 afasta ainda mais a concorrência – se o custo final é igual para o passageiro, não há interesse para uma nova companhia entrar na linha da Madeira e outras companhias estão a sair por causa dos custos da inoperacionalidade do aeroporto”.

“É preciso enxergar que a liberalização, passados dez anos, não funciona e há que voltar ao regime de serviço público, há que obrigar a TAP, pela força da Lei a respeitar os madeirenses (pois por força da gritaria não vai respeitar). Bater na TAP é errar o alvo e desviar as atenções”, diz.

Por outro lado, lembra que “o serviço público não vai amainar os ventos. Este problema pode ser atacado com a gestão integrada dos dois aeroportos da região, ora isso implica outro tipo de ligação marítima, mais rápida, entre as duas ilhas, para permitir escoar os passageiros dos voos desviados para o Porto Santo. Isso esbarra nos interesses instalados do grupo Sousa, isso requer coragem política que, lamentavelmente, quer Cafôfo, quer Albuquerque não mostram ter: não querem mexer nos interesses instalados”.

“E assim continuamos com os problemas eternamente adiados, porque os principais responsáveis políticos colocam a proteção de interesses privados acima do interesse público”, conclui.

* Na "mouche"!!!

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