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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/
/DA MADEIRA"
Paulino Ascenção fala em (falsas) indignações dos governantes regionais
O
coordenador do Bloco de Esquerda/Madeira considera que “Cafôfo atira-se
à TAP, tal como Albuquerque se atira à TAP, mas ambos falham o alvo”.
As declarações de Paulino Ascenção surgem após Paulo Cafôfo ter colocado
um post duro no seu Facebook, narrando na primeira pessoa todos os
inconvenientes gerados por o avião em que viajava de Lisboa para a
Madeira não ter conseguido aterrar. Mais tarde, José Prada ter criticado
a postura. “Cafôfo atira-se ao Governo Regional e Albuquerque atira-se
ao Governo da República e desta vez ambos acertam”, afirma num
comunicado enviado à comunicação social.
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“A TAP trata mal os
passageiros para a Madeira porque lhe foi dito que o pode fazer. Porque
foi desobrigada de cumprir regras de serviço público após a
liberalização de 2008. A TAP pode dar-se ao luxo de tratar mal os
madeirenses porque não temos alternativa, por pior tratados que sejamos,
temos de comer à mão da TAP. Os Governos (de cá e de lá) acabaram com
as obrigações de serviço público e a concorrência nunca chegou”, afirma o
coordenador bloquista em comunicado.
Paulino Ascenção assume que
“o modelo de subsídio de mobilidade desde 2015 afasta ainda mais a
concorrência – se o custo final é igual para o passageiro, não há
interesse para uma nova companhia entrar na linha da Madeira e outras
companhias estão a sair por causa dos custos da inoperacionalidade do
aeroporto”.
“É preciso enxergar que a liberalização, passados dez
anos, não funciona e há que voltar ao regime de serviço público, há que
obrigar a TAP, pela força da Lei a respeitar os madeirenses (pois por
força da gritaria não vai respeitar). Bater na TAP é errar o alvo e
desviar as atenções”, diz.
Por outro lado, lembra que “o serviço
público não vai amainar os ventos. Este problema pode ser atacado com a
gestão integrada dos dois aeroportos da região, ora isso implica outro
tipo de ligação marítima, mais rápida, entre as duas ilhas, para
permitir escoar os passageiros dos voos desviados para o Porto Santo.
Isso esbarra nos interesses instalados do grupo Sousa, isso requer
coragem política que, lamentavelmente, quer Cafôfo, quer Albuquerque não
mostram ter: não querem mexer nos interesses instalados”.
“E
assim continuamos com os problemas eternamente adiados, porque os
principais responsáveis políticos colocam a proteção de interesses
privados acima do interesse público”, conclui.
* Na "mouche"!!!
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