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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Comissão de Proteção de Dados
liberta divulgação dos apoiantes
do "crowdfunding"
Não há nada a opor à divulgação dos apoiantes dos "crowdfunding" para as greves dos enfermeiros, afirma a Comissão Nacional de Proteção de Dados. Plataforma online PPL terá de apresentar essa informação à ASAE.
A Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) deu luz verde à
divulgação dos dados de todos os apoiantes da campanha de angariação de
fundos dos enfermeiros, o que faz com que a plataforma de "crowdfunding"
PPL apresente agora esses dados à ASAE.
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O
anonimato de alguns apoiantes das campanhas de "crowdfunding" é uma das
questões que a ASAE disse que ia investigar. Mas a plataforma de
"crowdfunding" tinha dúvidas sobre se podia partilhar esses dados e, por
isso, tinha solicitado um parecer à CNPD para avaliar a questão.
A resposta foi divulgada nesta sexta-feira, 15 de fevereiro: "Nada
obsta à disponibilização à ASAE, para a prossecução das atribuições e o
estrito exercício das competências em que está legalmente investida, da
informação por esta solicitada à detentora da plataforma de
financiamento colaborativo PPL".
A CNPD, liderada por Filipa Calvão, afirma que este tipo de plataformas "está obrigado a manter um registo com a identificação completa dos beneficiários e dos apoiantes, bem como com o montante dos apoios concedidos, individualizados por apoiante e por operação, nos termos de legislação de combate ao branqueamento de capitais" e que compete à ASAE "verificar especificamente o respeito dessas obrigações legais, bem como fiscalizar e aplicar sanções no âmbito da atividade de financiamento colaborativo".
Além disso a CNPD considera que a essa divulgação pode ocorrer "por se tratar de uma operação de tratamento necessária ao exercício da autoridade pública", ou seja, a ASAE.
A CNPD, liderada por Filipa Calvão, afirma que este tipo de plataformas "está obrigado a manter um registo com a identificação completa dos beneficiários e dos apoiantes, bem como com o montante dos apoios concedidos, individualizados por apoiante e por operação, nos termos de legislação de combate ao branqueamento de capitais" e que compete à ASAE "verificar especificamente o respeito dessas obrigações legais, bem como fiscalizar e aplicar sanções no âmbito da atividade de financiamento colaborativo".
Além disso a CNPD considera que a essa divulgação pode ocorrer "por se tratar de uma operação de tratamento necessária ao exercício da autoridade pública", ou seja, a ASAE.
Foi na PPL
que os enfermeiros angariaram cerca de 780 mil euros para apoiar as suas
greves cirúrgicas. Na segunda campanha, o Movimento Greve Cirúrgica
conseguiu angariar 420 mil euros, dos quais cerca de 54 mil foram doados
por apoiantes anónimos.
O anonimato dos apoiantes é também uma
das dúvidas do Ministério da Saúde, que solicitou um parecer
complementar à Procuradoria-Geral da República para aferir a licitude do
financiamento da segunda greve cirúrgica.
Perante as
dúvidas em torno dos anónimos, os enfermeiros que promoveram a
angariação de fundos apelaram a que esses apoiantes revelem a sua
identidade. "Apelo a todos os colegas e amigos da greve cirúrgica que
deixem de ser anónimos, sem ser necessário a Justiça obrigar a PPL a
fornecer esses dados ", afirma Nelson Cordeiro, um dos enfermeiros que
lançou a campanha. A ideia é, segundo o enfermeiro, mostrar que não
existem interesses obscuros neste "crowdfunding".
E os apoiantes estão a responder ao apelo, revelando a sua identidade. No final da campanha, eram 2.317 os anónimos entre os quase 10.842 apoiantes. Nesta sexta-feira eram 1.369
* Sem medo e às claras.
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