01/02/2019

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HOJE NO 
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
EUA ameaçam Maduro com Guantánamo
.se ele não aceitar transição

Assessor de Trump para a segurança nacional descarta intervenção militar mas sugere ao presidente venezuelano que aceite uma amnistia e vá para um retiro num bela praia longe da Venezuela

John Bolton advertiu nesta sexta-feira Nicolás Maduro de que pode acabar por ser enviado para Guantánamo, a prisão militar de alta segurança para suspeitos de terrorismo que os EUA mantêm naquela província cubana, caso não abandone em breve o poder na Venezuela.
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O assessor para a segurança nacional na administração Trump repetiu o aviso que tinha feito na véspera, no Twitter, para que Maduro aceite a amnistia proposta por Juan Guaidó, o opositor que se autoproclamou presidente interino da Venezuela e foi reconhecido pelos EUA e outros países.

"Ontem tuitei que lhe desejo uma aposentadoria longa e tranquila numa bonita praia longe da Venezuela. E quanto mais rápido aproveitar essa oportunidade de amnistia, mais provável é que possa ter uma aposentadoria agradável ao invés de ir parar a outra região de praia diferente, como Guantánamo", afirmou Bolton, em entrevista num programa de rádio.

Os Estados Unidos aumentam assim a pressão sobre o regime chavista venezuelano, depois de no passado dia 23 de janeiro terem reconhecido Guaidó, presidente da Assembleia Nacional, como novo presidente interino.

Sobre uma possível intervenção militar na Venezuela que ajude a acelerar uma transição de poder, John Bolton disse que não havia nenhuma intervenção iminente, mas não descartou a possibilidade - tal como, de resto, Donald Trump já o dissera. "O presidente disse que todas as opções estão sobre a mesa", afirmou o assessor.

John Bolton protagonizou um "deslize" polémico na última segunda-feira, quando compareceu perante os media com um papel onde se conseguia ler a frase "5 mil tropas para a Colômbia", no que foi entendido como uma manobra de pressão sobre os militares venezuelanos, para que estes deixem de apoiar Nicolás Maduro. Bolton não quis explicar o "descuido".

* Um assessor de Trump que ameaça Maduro é tão nojento como o venezuelano.

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