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A garantia foi revogada em agosto de 2014 após a resolução do BES. O Expresso noticiou hoje que o Banco de Portugal condenou oito dos 18 acusados no caso BES Angola, sendo as infrações mais graves as atribuídas aos administradores Ricardo Salgado (condenado a 1,8 milhões de euros) e Morais Pires (condenado a 1,2 milhões de euros).
HOJE NO
"DINHEIRO VIVO"
Ricardo Salgado vai recorrer da coima e acusa Banco de Portugal de “injustiça”
Em comunicado, a defesa de Ricardo Salgado considera a decisão do regulador uma "injustiça".
O ex-presidente do BES Ricardo Salgado vai
recorrer da condenação do Banco de Portugal de pagamento de uma multa de
1,8 milhões de euros, segundo o comunicado hoje divulgado, no qual
acusa o banco central de não ser imparcial.
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Segundo noticiaram hoje vários órgãos de comunicação social, o Banco de
Portugal já decidiu as condenações sobre oito dos 18 acusados no caso
BES Angola (BESA), tendo aplicado a Ricardo Salgado uma coima de 1,8
milhões de euros.
Em comunicado à imprensa, divulgado hoje à
tarde, a defesa de Ricardo Salgado diz que, “face à injustiça desta
decisão do regulador, (…) interporá recurso para os tribunais, ainda na
esperança de que o Estado de direito não cederá a pressões de qualquer
espécie”.
A defesa alega que esta decisão revela que o banco central não é
imparcial, considerando que as declarações do governador do Banco de
Portugal no dia da resolução do BES (03 de agosto de 2014) indiciavam
que Carlos Costa já teria escolhido “aqueles que seriam culpados do caso
BES”.
Refere ainda que o Tribunal de Santarém qualificou essas declarações
como tendo “extravasado o estritamente necessário” e que foram
“excessivamente conclusivas”.
“Isto, aparentemente, ainda não terá sido suficiente para questionar o
sistema que distorce o Estado de direito, mas é revelador da total
ausência de imparcialidade e isenção do Banco de Portugal para julgar
factos respeitantes ao BES e ao dr. Ricardo Salgado”, lê-se no
comunicado à imprensa.
A defesa do ex-presidente do BES termina a considerar a resolução do BES
uma decisão “ilegal” de “destruição” de uma instituição centenária, que
teve o intuito de isolar “certos arguidos” e “dissimular o desprezo que
os então responsáveis do Banco de Portugal conferiram à garantia
soberana” do Estado de Angola.
Para os advogados, esta garantia “permitiria ter evitado muitos
prejuízos” no grupo bancário.
Em 2014, o Estado Angolano concedeu uma garantia de cerca de 3,3 mil
milhões de euros que protegeria o BES do incumprimento dos empréstimos
feitos pelo BESA.
A garantia foi revogada em agosto de 2014 após a resolução do BES. O Expresso noticiou hoje que o Banco de Portugal condenou oito dos 18 acusados no caso BES Angola, sendo as infrações mais graves as atribuídas aos administradores Ricardo Salgado (condenado a 1,8 milhões de euros) e Morais Pires (condenado a 1,2 milhões de euros).
Segundo o Expresso, “o supervisor considera que ficou provado que estes
administradores atuaram de forma dolosa para esconder do regulador e dos
restantes membros da administração os problemas que o BESA enfrentava”.
Foram também condenados o ex-administrador responsável pela auditoria do
banco, Rui Silveira, a uma coima de 400 mil euros, as pessoas coletivas
Banco Espírito Santo (BES) e o Espírito Santo Financial Group (ESFG) –
com coimas suspensas por as referidas entidades estarem em situação de
insolvência – e três administradores da ESFG, que só terão de pagar um
terço das coimas aplicadas se aceitarem a condenação.
Os restantes sete administradores que estavam acusados – José Manuel
Espírito Santo, António Souto, Jorge Martins, José Maria Ricciardi,
Joaquim Goes, João Freixa e Stanislas Ribes – foram absolvidos, noticiou
o Expresso.
Contactado pela Lusa sobre estas sanções, o Banco de Portugal afirmou
apenas que “não comenta processos de contraordenação”.
* E quando é que este senhor vai para a pildra?
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