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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/
/DA MADEIRA"
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Aristides de Sousa Mendes
homenageado em exposição na ONU
Portugal
homenageou hoje o diplomata Aristides de Sousa Mendes (1885-1954) na
apresentação de uma exposição na sede da Organização das Nações Unidas
(ONU), em Nova Iorque, dedicada a diplomatas considerados “Justos Entre
as Nações”.
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A exposição na sede da ONU, intitulada “Beyond Duty” (Além do dever), presta tributo ao português Aristides de Sousa Mendes e outros sete diplomatas internacionais, considerados “Justos Entre as Nações” pelo Centro Mundial de Memória do Holocausto, Yad Vashem, por terem ajudado a salvar milhares de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
Na cerimónia ouviram-se discursos do secretário-geral da ONU, António Guterres e dos diplomatas portugueses Francisco Duarte Lopes, representante permanente de Portugal junta da ONU e Maria de Fátima Mendes, cônsul-geral de Portugal em Nova Iorque e familiar de Aristides de Sousa Mendes.
A organização do evento foi feita em conjunto pelas missões de representação na ONU de Portugal, Israel e Peru, em comemoração do dia internacional em memória das vítimas do holocausto, assinalado no dia 27 de janeiro.
Na cerimónia estiveram também presentes sobreviventes do holocausto e familiares das vítimas, como o porta-voz do secretário-geral, Stéphane Dujarric, que se emocionou ao honrar a presença dos convidados, entre os quais estava a mãe, que conseguiu salvar-se, com a sua família, quando era criança, com vistos concedidos pelo português Aristides de Sousa Mendes, para sair da Europa para os Estados Unidos da América.
António Guterres sublinhou, no seu discurso, a discriminação sobre minorias, o antissemitismo e os crimes de ódio e contra a humanidade que se registaram na história da Segunda Guerra Mundial, mostrando a “capacidade da humanidade de indiferença ao sofrimento”.
O secretário-geral da ONU disse que os diplomatas têm o “dever moral de aplicar o Estado de direito” e “os valores democráticos” e de defender, “com compaixão”, todos os seres humanos.
A comunidade internacional deve “manter fresca” a memória do holocausto, tal como as memórias que as vítimas nunca vão esquecer, disse António Guterres, apelando também que as instituições de direitos humanos e de educação sirvam ao comunidade judaica e toda a população mundial.
O embaixador de Portugal para as Nações Unidas, Francisco Duarte Lopes, utilizou a frase de Aristides de Sousa Mendes -- “Prefiro estar com Deus contra os homens, do que com os homens contra Deus” -- para se referir a um valor que “deve estar no centro de todas as religiões” o de amar os próximos como a si próprio.
Francisco Duarte Lopes falou da incerteza que predomina sobre a diplomacia, que não pode prever “se algum dia, estivermos confrontados com circunstâncias similares”.
A exposição “Beyond Duty” é uma prova de que perante o ódio, existem valores de tolerância e de ajuda que se impõem, que caracterizaram as pessoas lembradas na exposição, disse o representante permanente de Portugal junto da ONU.
Maria de Fátima Mendes, cônsul-geral de Portugal e neta de um primo de Aristides de Sousa Mendes, prestou uma homenagem pública durante a cerimónia, elogiando a “difícil escolha entre os deveres de diplomata e deveres pessoais de um ser humano”, para salvar milhares de pessoas.
Aristides de Sousa Mendes, primeiro diplomata reconhecido pelo centro Yad Vashem como “Justo Entre as Nações”, em 1966, foi cônsul em Bordéus, França, tendo dado vistos a milhares de judeus que tentavam escapar e tomou, assim, a decisão de “desobedecer a instruções explícitas do seu governo”, liderado por António de Oliveira Salazar, segundo descreve a exposição.
“Cerca de 15.000 a 20.000 refugiados judeus puderam entrar em Portugal e as organizações judaicas em Lisboa, como a Joint, HIAS-HICEM e a Agência Judaica facilitaram a partida dos refugiados. Em 1943-1944, Portugal resgatou várias centenas de judeus portugueses da Grécia e da França, mas não ajudou 4.303 judeus holandeses de origem portuguesa, que foram consequentemente deportados para campos de exterminação”, pode ler-se num dos painéis instalados à entrada da sede da ONU.
Os “Justos entre as nações” são cidadãos não judeus reconhecidos oficialmente pelo Yad Vashem, instituição do governo de Israel, como heróis do holocausto, que ajudaram a salvar judeus do genocídio.
O Yad Vashem é a instituição do governo de Israel constituída para honrar a memória dos mártires e heróis do holocausto.
Aristides de Sousa Mendes, Sampaio Garrido, José Brito Mendes e Joaquim Carreira são os quatro portugueses distinguidos pelo Yad Vashem, entre mais de 25 mil nomes gravados no Memorial dos Justos, em Jerusalém.
* Um exemplo que devia estar mais presente na memória dos portugueses. Salazar e a igreja eram germanófilos.
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A exposição na sede da ONU, intitulada “Beyond Duty” (Além do dever), presta tributo ao português Aristides de Sousa Mendes e outros sete diplomatas internacionais, considerados “Justos Entre as Nações” pelo Centro Mundial de Memória do Holocausto, Yad Vashem, por terem ajudado a salvar milhares de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
Na cerimónia ouviram-se discursos do secretário-geral da ONU, António Guterres e dos diplomatas portugueses Francisco Duarte Lopes, representante permanente de Portugal junta da ONU e Maria de Fátima Mendes, cônsul-geral de Portugal em Nova Iorque e familiar de Aristides de Sousa Mendes.
A organização do evento foi feita em conjunto pelas missões de representação na ONU de Portugal, Israel e Peru, em comemoração do dia internacional em memória das vítimas do holocausto, assinalado no dia 27 de janeiro.
Na cerimónia estiveram também presentes sobreviventes do holocausto e familiares das vítimas, como o porta-voz do secretário-geral, Stéphane Dujarric, que se emocionou ao honrar a presença dos convidados, entre os quais estava a mãe, que conseguiu salvar-se, com a sua família, quando era criança, com vistos concedidos pelo português Aristides de Sousa Mendes, para sair da Europa para os Estados Unidos da América.
António Guterres sublinhou, no seu discurso, a discriminação sobre minorias, o antissemitismo e os crimes de ódio e contra a humanidade que se registaram na história da Segunda Guerra Mundial, mostrando a “capacidade da humanidade de indiferença ao sofrimento”.
O secretário-geral da ONU disse que os diplomatas têm o “dever moral de aplicar o Estado de direito” e “os valores democráticos” e de defender, “com compaixão”, todos os seres humanos.
A comunidade internacional deve “manter fresca” a memória do holocausto, tal como as memórias que as vítimas nunca vão esquecer, disse António Guterres, apelando também que as instituições de direitos humanos e de educação sirvam ao comunidade judaica e toda a população mundial.
O embaixador de Portugal para as Nações Unidas, Francisco Duarte Lopes, utilizou a frase de Aristides de Sousa Mendes -- “Prefiro estar com Deus contra os homens, do que com os homens contra Deus” -- para se referir a um valor que “deve estar no centro de todas as religiões” o de amar os próximos como a si próprio.
Francisco Duarte Lopes falou da incerteza que predomina sobre a diplomacia, que não pode prever “se algum dia, estivermos confrontados com circunstâncias similares”.
A exposição “Beyond Duty” é uma prova de que perante o ódio, existem valores de tolerância e de ajuda que se impõem, que caracterizaram as pessoas lembradas na exposição, disse o representante permanente de Portugal junto da ONU.
Maria de Fátima Mendes, cônsul-geral de Portugal e neta de um primo de Aristides de Sousa Mendes, prestou uma homenagem pública durante a cerimónia, elogiando a “difícil escolha entre os deveres de diplomata e deveres pessoais de um ser humano”, para salvar milhares de pessoas.
Aristides de Sousa Mendes, primeiro diplomata reconhecido pelo centro Yad Vashem como “Justo Entre as Nações”, em 1966, foi cônsul em Bordéus, França, tendo dado vistos a milhares de judeus que tentavam escapar e tomou, assim, a decisão de “desobedecer a instruções explícitas do seu governo”, liderado por António de Oliveira Salazar, segundo descreve a exposição.
“Cerca de 15.000 a 20.000 refugiados judeus puderam entrar em Portugal e as organizações judaicas em Lisboa, como a Joint, HIAS-HICEM e a Agência Judaica facilitaram a partida dos refugiados. Em 1943-1944, Portugal resgatou várias centenas de judeus portugueses da Grécia e da França, mas não ajudou 4.303 judeus holandeses de origem portuguesa, que foram consequentemente deportados para campos de exterminação”, pode ler-se num dos painéis instalados à entrada da sede da ONU.
Os “Justos entre as nações” são cidadãos não judeus reconhecidos oficialmente pelo Yad Vashem, instituição do governo de Israel, como heróis do holocausto, que ajudaram a salvar judeus do genocídio.
O Yad Vashem é a instituição do governo de Israel constituída para honrar a memória dos mártires e heróis do holocausto.
Aristides de Sousa Mendes, Sampaio Garrido, José Brito Mendes e Joaquim Carreira são os quatro portugueses distinguidos pelo Yad Vashem, entre mais de 25 mil nomes gravados no Memorial dos Justos, em Jerusalém.
* Um exemplo que devia estar mais presente na memória dos portugueses. Salazar e a igreja eram germanófilos.
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