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"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
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Morreu Lyudmila Alexeyeva, a mais antiga ativista dos direitos humanos russa
Putin enalteceu a sua contribuição para a sociedade civil e a "defesa enérgica dos seus princípios". Tinha 91 anos.
A mais antiga ativista dos direitos humanos russa e ex-dissidente
soviética Lyudmila Alexeyeva morreu hoje, num hospital em Moscovo, aos
91 anos.
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O anúncio foi feito em comunicado pelo presidente do Conselho Consultivo para os Direitos do Homem no Kremlin, Mikhaïl Fedotov.
O
presidente russo, Vladimir Putin, transmitiu as condolências à família
de Lyudmila Alexeyeva e enalteceu, através do seu porta-voz, a sua
contribuição para a sociedade civil e a "defesa enérgica dos seus
princípios".
Lyudmila Alexeyeva foi um dos membros fundadores do Grupo de
Helsínquia de Moscovo, criado para fiscalizar o cumprimento pela União
Soviética dos Acordos de Helsínquia de 1975.
Na Ata Final
de Helsínquia, assinada na capital finlandesa, por 35 estados,
incluindo Portugal e a União Soviética, comprometeram-se a melhorar as
relações entre o Ocidente e os países comunistas.
Alexeyeva ganhou, em 2004, o Prémio Olof Palme e, em 2009, o Prémio Sakharov,
tendo sido 'nomeada', em 2012 e 2013, para o Prémio Nobel da Paz. Mais
recentemente, em 2015, recebeu o Prémio Václav Havel de Direitos
Humanos.
Natural da Crimeia (região disputada pela Rússia e
Ucrânia), Lyudmila Alexeyeva escreveu várias petições em defesa dos
presos políticos e em protesto contra a invasão soviética da
Checoslováquia em 1968, o que lhe custou a expulsão do Partido
Comunista.
Perante a ameaça de detenção, emigrou em 1977 para os
EUA, regressando ao seu país de origem em 1993, dois anos depois da
queda da União Soviética.
* Putin, o 'xico esperto' celebra alegremente e com sentido de "estado" a morte de uma activista que ainda lhe poderia ser incómoda.
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