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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Mulheres com deficiência em desvantagem no
acesso a emprego, educação e saúde
acesso a emprego, educação e saúde
As
mulheres com deficiência estão em desvantagem no mercado de trabalho e
enfrentam maiores barreiras na educação, estando também em desvantagem
no acesso aos cuidados de saúde, denunciou o Instituto Europeu para a
Igualdade de Género.
Em
comunicado, a propósito do Dia Internacional das Pessoas com
Deficiência, que se assinala a 03 de dezembro, o Instituto Europeu para a
Igualdade de Género (EIGE, na sigla em inglês) alerta para as
dificuldades acrescidas que as mulheres com deficiência enfrentam, não
só em comparação com as mulheres sem deficiência, mas também com os
homens com deficiência.
De
acordo com o EIGE, há cerca de 75,7 milhões de pessoas adultas na
Europa com uma deficiência moderada e 34,9 milhões com uma deficiência
severa.
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"No total, 61 milhões de
mulheres (30% do total de mulheres) e 47 milhões de homens (25% do total
de homens) tem uma deficiência", lê-se no comunicado.
Os
dados do EIGE mostram que as mulheres com deficiência que houve
progressos lentos nos dez anos entre 2005 e 2015, revelando que, em
2014, 40% das mulheres e 56% dos homens tinham um emprego a tempo
inteiro, números que caiam para os 19% e para os 28% nas mulheres e
homens com deficiência, respetivamente.
"Os
rendimentos mensais tanto dos homens como das mulheres com deficiência
são cerca de 5% inferiores aos das pessoas sem deficiência", diz o EIGE,
acrescentando que, em média, as mulheres europeias, independentemente
de terem ou não uma deficiência, têm salários inferiores aos homens em
cerca de 30%.
As mulheres com
deficiência enfrentam um risco de pobreza (21%) mais elevado do que as
mulheres sem deficiência (16%) e do que os homens com deficiência (19%).
Por
outro lado, são estas mulheres que enfrentam também mais dificuldades
no acesso à educação, já que em apenas 13% dos casos têm uma
licenciatura, contra 17% nos homens com deficiência.
O
EIGE alerta que tanto as mulheres como os homens com deficiência
precisam de cuidados, mas também de cuidadores, salientando que em 29%
das mulheres e em 20% dos homens eles são também cuidadores de alguém,
desde crianças a pessoas idosas ou outros adultos com deficiência.
Relativamente
aos cuidados de saúde, o EIGE sublinha que, por toda a Europa, o número
de pessoas com deficiência que relatam a falta de cuidados médicos, em
2014, era quase três vezes mais elevado do que a generalidade da
população.
Contra estes factos, o EIGE
propõe que sejam criados mais programas de educação inclusiva, já que se
mantém a elevada taxa de jovens com deficiência que abandonam os
estudos, sendo que os estudos aumentam a probabilidade de conseguir um
emprego.
* É dura a vida das mulheres.
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