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ESTA SEMANA NO
"@ VERDADE"
Estado moçambicano continua na iminência de perder milhões dos custos “recuperáveis”
.da ENI e Anadarko
.da ENI e Anadarko
O Estado moçambicano continua na iminência de perder milhões em
receitas fiscais dos custos recuperáveis declarados em 2015 pelas
multinacionais ENI e Anadarko cujo prazo de certificação termina este
ano porque o Instituto Nacional de Petróleos (INP) ainda não concluiu as respectivas auditorias.
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É
prática comum das multinacionais que operam na indústria extractiva
encontrar formas de evitar o pagamento de impostos através da
extrapolação dos custos de produção e operação declarando milhões de
dólares como como custos “recuperáveis”, ao abrigo da legislação
moçambicana.
Para se evitar essa fuga ao fisco os custos
declarados recuperáveis devem ser alvo de certificação por parte das
autoridades moçambicanas e, no sector do gás e petróleo, o INP é a
entidade responsável por auditar as contas desses empresas num prazo
máximo de 3 anos sob pena dos mesmos serem considerados válidos.
Desde
2015 que o Tribunal Administrativo tem alertado para a inércia do
Instituto Nacional de Petróleos e apresenta inúmeras disparidades nos
valores declarados pela ENI e a Anadarko relativamente as suas operações
nas Áreas 1 e 4, da Bacia do Rovuma.
Em Fevereiro Carlos
Zacarias, o Presidente do Conselho de Administração do INP, passado
disse ao @Verdade que “a certificação de custos é um processo complexo”
no entanto estava agendada para Abril.
Na passada segunda-feira
(08) o @Verdade questionou novamente ao INP se pelo menos a certificação
das contas de 2015, que automaticamente ficam fechadas a 31 de Dezembro
deste ano, estava concluída.
“A Auditoria aos custos recuperáveis
tanto da Área 1 tanto da Área 4 é uma actividade que o INP, em conjunto
com a Autoridade Tributária e outros representantes, já está a
executar. Até final deste ano vamos ter um relatório de como os
auditores vêm os custos que foram ocorridos”, afirmou Carlos Zacarias.
* E assim vai a inércia.
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