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ESTA SEMANA NA
"EXAME"
Dos aspiradores e ventoinhas até ao... carro elétrico
É mais um passo na ambição da Dyson em entrar no mercado dos automóveis elétricos: anunciou esta terça-feira a escolha de Singapura para construir a fábrica que, a partir de 2021, colocará na estrada as primeiras viaturas da marca que também fabrica secadores de mãos.
A Dyson
anunciou a escolha de Singapura para instalar a sua primeira fábrica de
carros elétricos, um novo segmento de produtos em que quer apostar
depois do negócio das ventoinhas e dos aspiradores.
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A
empresa britânica prevê investir 2.500 milhões de libras (€2 830
milhões) até 2020 na nova fábrica – cuja construção arrancará em
dezembro - e colocar nas estradas no ano seguinte o primeiro veículo
elétrico da marca.
A
escolha de Singapura foi justificada pela proximidade das cadeias de
fornecimento, acesso aos mercados e ao conhecimento necessário para
desenvolver o projeto. A companhia já está presente neste mercado, onde
emprega 1 100 pessoas, a que se juntam 1 000 na China, 1 300 na Malásia e
800 nas Filipinas, segundo a BBC.
A
intenção de entrada no mercado automóvel já tinha sido anunciada no ano
passado e a empresa pretende que os veículos a produzir sejam
significativamente diferentes dos atuais. Em fevereiro, o Financial
Times sinalizava que a gama de carros elétricos da companhia pudesse
passar por um trio, com um modelo mais exclusivo e caro e dois mais
acessíveis ao mercado de massas.
O
Reino Unido – onde teve origem e emprega 4 800 pessoas, sobretudo na
área de investigação e desenvolvimento – chegou a estar na lista como
uma das possibilidades para localizar a fábrica. A escolha de Singapura
em detrimento de Malmesbury criou indignação junto de forças anti-Brexit
e do partido trabalhista, uma vez que James Dyson, o fundador da
empresa, defendeu a saída da União Europeia.
"Quando
até alguém, que afirma que haverá um ressurgir da indústria britânica
depois do Brexit, não está preparado para investir o seu dinheiro, isso
levanta sérias questões,” considerou o deputado trabalhista e
anti-Brexit Ian Murray, citado pela AFP. Em agosto a empresa tinha
previsto construir em solo britânico mais de 15 quilómetros de pistas de
ensaios destinadas aos seus veículos automóveis.
A
Dyson foi fundada em 1991 pelo multimilionário britânico James Dyson,
hoje com 71 anos e o 129.º mais rico segundo o ranking da Bloomberg, com
uma fortuna de $10,5 mil milhões. Está sediada em Wiltshire,
Inglaterra, e produz desde aspiradores a ventoinhas e secadores de
cabelo e de mãos.
O
empreendedor começou a desenhar protótipos de aspiradores mais potentes
(ciclónicos) nos anos 70 e colocou-os no mercado na década seguinte,
sob marcas de terceiros. Só no início dos anos 90 começou a produzir sob
a insígnia que leva o seu nome de família, com a criação da Dyson
Appliances Ltd. Na década de 2000 concebeu ainda secadores de mãos e
ventoinhas a partir de novos motores digitais potentes, tendo também
produzido máquinas de lavar – atividade que entretanto abandonou.
Agora,
com o anúncio da construção da fábrica e a aposta nos carros elétricos,
a Dyson passa a competir com players como a Tesla, além de muitos
construtores tradicionais que também estão a lançar os seus modelos
elétricos.
* Nesta guerra qual é o nome do consumidor? O Otário?
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