30/10/2018

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LINGUARENTA

"Não é preciso ficares sorridenta!"

À Senhora D. Pilar del Rio não valeu de nada estar casada tantos anos com José Saramago. No fundo, o que mais irrita, são certos "estrangeiros" virem dar ordens no modo como se fala e escreve PORTUGUÊS. Já não chegavam os próprios degenerados nativos da Língua tentarem impor (aos parvos subservientes) uma nova ortografia, sem pés nem cabeça!...

Que desgraça a nossa!!!
Aqui vai uma explicação muito pertinente para uma questão actual:

A jornalista Pilar del Rio costuma explicar, com um ar de catedrática no assunto, que dantes não havia mulheres presidentes e por isso é que não existia a palavra "presidenta". Daí que ela diga, insistentemente, que é Presidenta da Fundação José Saramago e se refira a Assunção Esteves como Ex-Presidenta da Assembleia da República. Ainda esta semana, escutei Helena Roseta dizer: «Presidenta!», reagindo ao comentário de um jornalista da SIC Notícias, muito segura da sua afirmação.

Existe a palavra: PRESIDENTA? Que tal colocarmos um "BASTA" no assunto? No português existem os particípios activos como derivativos verbais.

Por exemplo: o particípio activo do verbo "atacar" é "atacante", o de "pedir" é "pedinte", o de "cantar" é "cantante", o de "existir" é "existente", o de "mendigar" é "mendicante", etc. Qual é o particípio activo do verbo "ser"? O particípio activo do verbo ser é "ente"; aquele que é: o ente; aquele que tem entidade. Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a acção que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos "-ante", "-ente" ou "-inte". Portanto, a pessoa que preside é PRESIDENTE, e não "presidenta", independentemente do sexo.

Diz-se: capela ardente, e não capela "ardenta"; estudante, e não "estudanta"; adolescente, e não "adolescenta"; paciente, e não "pacienta".

Um bom exemplo do erro grosseiro seria:
"A candidata a presidenta comporta-se como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta.

Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, de entre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta". 

Texto atribuído na web a:
Carlos M. Costa Almeida, Prof. Doutor
Faculdade de Medicina de Coimbra
Director da Clínica Universitária de Cirurgia Vascular
Ex-Director de Serviço de Cirurgia do Hospital Geral-CHUC


Obrigado ACR por nos ter enviado esta lição.


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