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ESTA SEMANA NA
"VISÃO"
Cientistas comprovam importância do exercício físico para o rendimento escolar
Mais memória, mais flexibilidade cognitiva e maior capacidade de atenção levam especialistas a recomendar a adoção de comportamentos saudáveis o mais cedo possível
“Já tínhamos documentado que quem tem
melhor capacidade aeróbia (ou seja, o potencial que temos de produzir
energia corporal por meio do oxigénio) tende a ter melhor rendimento
escolar. Agora, através da imagiologia, é possível comprovar que, com o
exercício físico, há uma tendência para aumentar o número de neurónios e
as ligações das sinapses, que são essenciais no desempenho do cérebro
e, portanto, na aprendizagem”, revela Luís Bettencourt Sardinha,
Presidente do Conselho Consultivo da Faculdade de Motricidade Humana e
coordenador do 9º Simpósio European Youth Heart Study, que decorre até
sábado no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa.
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A iniciativa, que vai abordar questões como o sedentarismo, a alimentação e os fundamentos epidemiológicos e fisiológicos associados à atividade e aptidão físicas, permitirá também partilhar experiências de sucesso nos sistemas educativo e desportivo. “Os argumentos de melhor saúde vascular e cardiovascular só ganham peso mais tarde. O que estes dados indicam é que há outros ganhos que são imediatos mais cedo”, avança o especialista, a lembrar ainda a importância de sensibilizar as famílias para esta questão. “O problema, muitas vezes, não é saber que a aptidão física é boa; é preciso também avaliar que condições as escolas e a comunidade têm para proporcionar esse desenvolvimento saudável”.
A informação não podia ser mais a propósito no ano em que o Ministério da Educação revogou a medida do governo anterior e que retirava peso à nota de Educação Física para a média do Secundário.
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A iniciativa, que vai abordar questões como o sedentarismo, a alimentação e os fundamentos epidemiológicos e fisiológicos associados à atividade e aptidão físicas, permitirá também partilhar experiências de sucesso nos sistemas educativo e desportivo. “Os argumentos de melhor saúde vascular e cardiovascular só ganham peso mais tarde. O que estes dados indicam é que há outros ganhos que são imediatos mais cedo”, avança o especialista, a lembrar ainda a importância de sensibilizar as famílias para esta questão. “O problema, muitas vezes, não é saber que a aptidão física é boa; é preciso também avaliar que condições as escolas e a comunidade têm para proporcionar esse desenvolvimento saudável”.
A informação não podia ser mais a propósito no ano em que o Ministério da Educação revogou a medida do governo anterior e que retirava peso à nota de Educação Física para a média do Secundário.
* Os cientistas referidos estão a chegar a conclusões com quase 50 anos de atraso. Em 1970 o português e professor JOSÉ ESTEVES publicou um livro, "DESPORTO E ESTRUTURAS SOCIAIS", onde dando como exemplo o ensino sueco, refere as conclusões agora noticiadas como novidade. Ignorância ou ingratidão?
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