HOJE NO
"OBSERVADOR"
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Primeira bebé-proveta do mundo
faz 40 anos
Louise Brown é conhecida há 40 anos por ser o primeiro bebé do mundo a nascer através de fertilização in vitro.
Louise Brown é conhecida há 40 anos por ser o primeiro bebé do mundo a
nascer através de fertilização in vitro, um método inovador na altura
que criou esperança em milhares de casais inférteis de poderem ser pais.
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A
notícia do nascimento de Louise Brown, no dia 25 de julho de 1978, em
Oldham, uma cidade do interior de Inglaterra, correu o mundo e gerou
grandes debates acerca da nova técnica de reprodução assistida
desenvolvida pelos investigadores Patrick Steptoe e Bob Edwards, este
último galardoado com o Prémio Nobel da Medicina em 2010.
Ao longo da vida, Louise Brown, que já trabalhou como enfermeira e é
atualmente funcionária de um posto de correios, tem contado a sua
história em várias organizações e participado em vários eventos.
Em
dezembro de 2006, teve o primeiro de dois filhos, concebido por vias
naturais. Antes dela, a sua irmã Natalie, que também nasceu através da
fertilização in vitro, teve o seu primeiro filho sem recorrer a técnicas
de reprodução assistida, colocando um fim às dúvidas sobre se os bebés
gerados em laboratório podiam conceber crianças pela via natural.
Numa
entrevista à agência Lusa, quando fez 37 anos e lançou um livro sobre a
sua vida, Louise Brown reconheceu que não foi fácil crescer debaixo dos
holofotes, mas disse acreditar que valeu a pena e aconselhou os casais a
nunca desistirem do sonho de serem pais.
Louise contou que,
quando tinha quatro anos, os pais mostraram-lhe o filme do seu
nascimento: “Eles fizeram-no porque em breve eu ia para a escola e
receavam que as outras crianças mencionassem o assunto. E também porque
sabiam que a comunicação social iria tentar fotografar-me na escola e
queriam contar-me a razão desse interesse por mim”.”Os meus pais
contaram-me que fui concebida de uma forma diferente das outras pessoas.
Não tenho a certeza de ter percebido tudo na altura, mas tomei
consciência de que era uma coisa diferente e que eu tinha sido a
primeira no mundo”, acrescentou.
Os pais de Louise – Leslie e John
Brown — tentaram durante nove anos engravidar, sem sucesso. Coube à
equipa de Patrick Steptoe e Bob Edwards proporcionar-lhes um filho
através de um método então inovador que tinham desenvolvido na década
anterior: a Fertilização In Vitro (FIV), que consiste na junção em
laboratório dos óvulos com os espermatozoides, com posterior
transferência dos embriões para o útero.
Assim que nasceu, Louise
foi sujeita a “todos os tipos de exame” para avaliarem se era
perfeitamente normal. “E eu era!”, afirmou. “Desde então, as pessoas
aceitaram que nascer In Vitro não faz qualquer diferença para um ser
humano”, disse.
Louise Brown realçou alguns dos aspetos positivos
que resultaram do seu pioneirismo. “Adoro viajar e conhecer pessoas FIV —
especialmente pequenos bebés — e é muito frequente as pessoas
abordarem-me e agradecerem-me por ter sido a primeira”. “Francamente,
acho que os verdadeiros pioneiros foram os meus pais e a equipa de
Patrick Steptoe e Bob Edwards. Eu sou apenas o resultado do seu trabalho
pioneiro”, declarou.
Desde o nascimento de Louise, outras oito
milhões de crianças vieram ao mundo com a ajuda da ciência, nomeadamente
de técnicas de Procriação Medicamente Assistida (PMA) como a
FIV. Louise já conheceu algumas destas crianças, sentindo com algumas
delas muito em comum. “É fantástico quando ouço algumas das histórias
dos seus pais e de como são felizes por terem conseguido um filho”.
* Apesar dos tabus "morais" que ainda duraram anos Louise está viva, é uma cidadã útil e até já pariu, viva a CIÊNCIA, a grande promotora da verdade.
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