HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Infarmed garante acesso a
.xarope pediátrico Bactrim
O
Infarmed garantiu este sábado, em comunicado, que o acesso ao
antibiótico pediátrico Bactrim está garantido, apesar de a farmacêutica
proprietária do medicamento ter decidido descontinuar a sua produção por
razões económicas, adiantou a agência nacional do medicamento.
A
Roche, a farmacêutica que produz o Bactrim, suspendeu a produção do
medicamento, quer na vertente pediátrica, quer na vertente para adultos.
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"Esta
decisão abrange a fórmula utilizada em adultos, mas é particularmente
relevante na que é utilizada na população pediátrica, para a qual
existia uma versão em xarope que não tem alternativa no mercado", refere
o Infarmed em comunicado.
A agência
nacional garante, no entanto, que o tratamento das crianças não está em
causa, tendo autorizado todos os pedidos excecionais de utilização do
medicamento submetidos pelos hospitais, que podem assim garantir o
acesso ao medicamento através da importação a partir de países que
comercializem alternativas.
"O Infarmed
avançou de imediato com a concessão de Autorizações de Utilização
Excecional (AUE) a todos os hospitais que submeteram esses pedidos, e
continuará a autorizá-los sempre que for solicitado", esclareceu a
agência no comunicado.
O Infarmed
refere ainda que a farmacêutica se disponibilizou para ajudar no
processo de transição e "se prontificou a importar este medicamento de
outro país europeu em quantidades suficientes para dar resposta a curto
prazo aos doentes imunodeprimidos (prioritariamente) e sem custos para
os hospitais".
O jornal "Expresso"
noticiou hoje que a descontinuação deste medicamento apanhou os médicos
desprevenidos, segundo revelou ao semanário Nuno Miranda, coordenador do
Plano Nacional de Prevenção das Doenças Oncológicas, mas a farmacêutica
garante que comunicou ao Infarmed no início do ano o fim da
comercialização.
A toma do xarope
pediátrico é particularmente importante para crianças imunodeprimidas,
com o sistema imunitário enfraquecido, devido a doenças como o cancro,
ou infeção por HIV.
* A falta de ética da indústria farmacêutica
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