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Ministro destaca coesão territorial
com ferrovia entre a Covilhã e Guarda
O
ministro das Infraestruturas afirmou que a modernização na Linha da
Beira Baixa no troço Covilhã-Guarda, cujos trabalhos foram lançados esta
segunda-feira, vai contribuir para a coesão territorial e para melhorar
a ligação com Espanha.
"Trata-se
de um investimento de enorme importância para o interior do país,
fomentando a coesão territorial e aproximando esta região, que é uma
região de si já muito unida do ponto de vista económico e social, mas
que agora volta a beneficiar da ferrovia como espaço importante dessa
aproximação. E é uma obra que também melhorará, e de que maneira, as
ligações internacionais, desde a Beira Baixa até Espanha", disse o
ministro do Planeamento e das Infraestruturas.
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FOLCLORE DE CARRIS |
Pedro Marques falava na Estação
Ferroviária da Covilhã, distrito de Castelo Branco, onde decorreu a
cerimónia do ato de consignação da empreitada e lançamento dos
trabalhos, que incluem a construção da Concordância das Beiras, troço de ligação entre a Linha da Beira Alta e a Linha da Beira Baixa.
O investimento total no projeto de modernização deste troço é de cerca de 77 milhões de euros, 52 milhões dos quais respeitantes à obra física, que permitirá reabrir um troço que estava fechado desde 2009.
A
obra está inscrita no projeto do Corredor Ferroviário Norte e deve
estar concluída dentro de 18 meses, ou seja, antes do final de 2019
passará a permitir ligação ferroviária entre os distritos de Castelo
Branco e da Guarda.
"É também uma obra
que suscitará a nossa capacidade para intervir de modo acelerado na
renovação da Linha da Beira Alta", acrescentou o governante, explicando
que tal será possível porque passa a haver uma alternativa de
circulação.
Pedro Marques lembrou ainda que este
investimento é a concretização de um compromisso que tinha sido
previamente assumido e salientou que este Governo não se lembrou do
interior apenas depois dos incêndios do verão passado e que o trabalho
de valorização das regiões de baixa densidade já estava a decorrer, como
exemplifica a obra lançada esta segunda-feira.
"O
interior do país não pode mais ser encarado como as traseiras do
Litoral, mas sim como o centro do mercado e do acesso a um mercado de 60
milhões de habitantes", acrescentou.
Segundo
disse, esta aposta na modernização na ferrovia portuguesa é também mais
uma peça do "desígnio" que se coloca a todos os países de consolidar o
mercado único europeu, através do reforço da conectividade internacional
e da melhoria da qualidade de circulação de pessoas e bens.
Uma
ideia partilhada pela comissária europeia dos transportes, Violeta
Bulc, que esteve presente na cerimónia e referiu que investimento na
linha férrea é sempre "uma grande notícia para qualquer região", tendo
aconselhado a todos que encarem este investimento como "uma oportunidade
de crescimento e de atração de novos investidores".
Anfitrião
desta cerimónia, o presidente da Câmara Municipal da Covilhã, Vítor
Pereira, mostrou-se satisfeito com a antecipação desta obra que como
lembrou, já era esperada, antes mesmo deste troço ter sido encerrado.
O
autarca apontou as mais-valias que este investimento deverá implicar
para o movimento pendular diário entre a Guarda/Covilhã/Castelo Branco e
salientou como positivo o facto de os cidadãos e empresas locais
passarem a dispor de uma "alternativa mais rápida, mais segura, mais
cómoda e mais amiga do ambiente".
Presente
na cerimónia, o presidente da Câmara da Guarda, Álvaro Amaro, frisou
que a obra não é só importante para as duas cidades que terão a ligação
direta através deste troço, mas também para toda a região e para o país.
"Este
é talvez o projeto mais importante das próximas décadas, no caso
concentro da Guarda porque é [criar] uma plataforma ferroviária da
ligação direta a Espanha e à Europa", disse, frisando ainda a
importância estratégica da obra de concordância entre as linhas da Beira
Alta e da Beira Baixa.
A obra lançada
integra, entre outros trabalhos, a renovação integral de 36 dos 46
quilómetros do troço (dez já estão intervencionados), bem como a
reabilitação de seis pontes centenárias, a remodelação de estações e
apeadeiros, drenagem e estabilização de taludes e a iluminação e
automatização e supressão de passagens de nível.
* A obra é importante mas vai resultar em quase nada porque um enorme problema subsiste, a necessidade de um novo troço entre Abrantes e Castelo Branco, viajar no "intercidades" ao longo do Tejo é como andar de carroça.
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