ESTA SEMANA NA
"SÁBADO"
Cristas revela orgulho, admiração e respeito por Adolfo Mesquita Nunes
A presidente do CDS, Assunção Cristas, assumiu o seu orgulho pelo
vice-presidente do partido, Adolfo Mesquita Nunes, considerando que este
mostrou "coragem e rectitude" ao falar abertamente sobre a sua
homossexualidade. Numa entrevista de vida ao Expresso, o
dirigente centristas afirmou que não se tratava de uma "revelação", pois
a sua orientação sexual "não é nenhum segredo" - e recordou ter falado
abertamente do tema durante a campanha eleitoral na Covilhã, mas que
ninguém "prestou atenção".
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ORANDO PELOS HOMOSSEXUAIS |
"Tenho pelo
Adolfo uma grande admiração e respeito. É um dos mais notáveis
pensadores da política em Portugal e orgulho-muito de tê-lo como
vice-presidente", disse Cristas em declarações ao mesmo semanário,
considerando que o dirigente "demonstrou, nesta entrevista de vida,
coragem e rectitude". "O País fica a dever-lhe muito", acrescentou.
A
líder centrista revelou também que sabia que Adolfo Mesquita Nunes
"daria a entrevista, como soube dos ataques pessoais de que foi alvo na
campanha na Covilhã". "O Adolfo sempre contou e conta com o meu apoio",
reforçou.
Na entrevista ao Expresso, Mesquita Nunes assegurou que
reagiu "com naturalidade" quando foi atacado, na campanha, pelas suas
opções sexuais. "Escreveram 'gay' num cartaz meu que estava num
cruzamento muito movimentado. Pedi que não o substituíssem porque não
era mentira", revelou, assegurando que falou com a equipa e disse que
"se alguém achasse que era um problema" podia sair.
"Ninguém saiu. E o
cartaz lá ficou quatro meses", acrescentou, dizendo que passou pelo
local "centenas de vezes e nunca" se arrependeu de não o ter retirado.
Na
referida entrevista, o antigo secretário de Estado do Turismo lembrou
que falou do caso do cartaz num comício eleitoral. Mas que o assunto
passou despercebido: "Não supus que os jornalistas não estivessem a
prestar atenção e só noticiassem o que a [presidente do CDS] Assunção
[Cristas] disse".
"Esse discurso esteve e está na net, partilhei-o no
Facebook", recordou. Por isso diz que não se pode falar em "revelação".
"Seria até absurdo, tendo em conta que não é nenhum segredo, é um facto
provavelmente conhecido de muitos, que não é por mim escondido",
acrescentou. O político disse também que nunca tinha falado do tema em
entrevistas pois nunca deu uma entrevista de vida, logo de caractér
pessoal, como a de agora.
O dirigente centrista defendeu ainda que
falar sobre a sua homossexualidade não é um "acto de coragem",
sublinhando que "para hoje alguém estar confortável com a sua orientação
sexual houve muita gente com uma coragem infinitamente superior".
* Estamos habituados à hipocrisia de Assunção Cristas. Assumir a sua orientação sexual não é um acto de coragem é postura credível, absolutamente respeitável e para nós Adolfo Mesquita Nunes é uma pessoa, só isso. A líder do CDS tem poucas matérias para se diferenciar e por isso recorre à homossexualidade de um dos seus militantes para abençoar um assunto que a igreja onde milita deplora e age com injustiça. Esperamos que em breve refira a orientação heterossexual de um outro qualquer militante como um acto de valentia, em abono dos espermatozóides criadores.
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