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Metade das mortes por cancro
podiam ser evitadas se fosse seguido
.Código Europeu
.Código Europeu
12 recomendações do Código Europeu contra o cancro incluem alimentação saudável, rastreios e vacinação
O
presidente do Núcleo do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro
(LPCC) considerou hoje que quase metade das mortes por cancro no mundo
podiam ser evitadas se fossem seguidas as atuais 12 recomendações do
Código Europeu Contra o Cancro.
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"Estima-se
que podem ser evitadas no mundo quase metade das mortes por cancro, se
forem tidas em linha de conta as 12 recomendações do Código Europeu
Contra o Cancro, que no fundo são medidas para reduzir o risco de
cancro", sustentou.
Estas 12
recomendações serão abordadas num congresso promovido pela Liga
Portuguesa Contra o Cancro, na sexta-feira e no sábado, em Coimbra.
"Decidimos fazer este congresso com
vertente científica muito grande, pois vamos ouvir pessoas, muitas delas
ligadas diretamente à produção do próprio Código Europeu Contra o
Cancro, desenvolvido pelo Centro Internacional de Investigação do Cancro
(IARC), da Organização Mundial da Saúde", revelou.
Em
declarações à Lusa, Carlos Oliveira explicou que durante os dois dias
estão em debate temas como o tabaco, não só do ponto de vista do
fumador, mas também do fumador passivo.
"Será
abordada a questão da obesidade, que é responsável por aumentar o risco
de cancro de mama em mulheres depois da menopausa, assim como do cancro
da próstata e do colorretal. Será realçada a importância da atividade
física, que não é a mesma coisa que o exercício físico", acrescentou.
A
par disto, será feita recomendação para que se pratique uma alimentação
saudável, "seguindo-se a dieta mediterrânica, que era aquela que se
devia fazer", aludindo ainda ao consumo moderado de álcool e à proteção à
exposição solar.
"Uma outra indicação,
que é das mais seguidas em Portugal, porque existe muita legislação, é
em relação ao cancro profissional, nomeadamente em relação à proteção
dos trabalhadores a exposição a substâncias cancerígenas. Também o
problema das radiações, nomeadamente o radão, será abordado", referiu.
De
acordo com Carlos Oliveira, será ainda discutido um tema que não vem
tendo consenso e que tem a ver com a amamentação e o risco do cancro da
mama.
"Também se chama a atenção para
as hormonas de substituição da menopausa, em que algumas poderão
aumentar ligeiramente o risco de cancro da mama e isso tem de ser
avaliado", apontou.
A importância das
vacinas também estará no centro da discussão, nomeadamente a da Hepatite
B e do HPV, que fazem parte do plano nacional de vacinação.
"Finalmente, o 12.º ponto em análise é o dos rastreios organizados", concluiu.
O
Código Europeu Contra o Cancro resulta de uma iniciativa da União
europeia nos anos 80 do século XX, onde foi desenvolvida uma campanha
que se intitulou "Europa contra o cancro", muito focada na prevenção.
Este Código Europeu vai sendo atualizado consoante a evolução do conhecimento científico, estando já na sua quarta edição.
* Assim escrito parece fácil, né?
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