HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Grande parte dos equipamentos no
SNS está fora do prazo de validade
O
bastonário dos Médicos avisou que grande parte dos equipamentos do
Serviço Nacional de Saúde "está fora do prazo de validade" e a precisar
de substituição.
Num encontro
com jornalistas, Miguel Guimarães recordou que a Ordem dos Médicos está a
fazer um levantamento da situação dos equipamentos no país, um retrato
que deverá estar pronto durante o primeiro trimestre do próximo ano.
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Mesmo
antes de ter essa "fotografia aproximada da realidade", o bastonário
sublinha que uma parte significativa dos equipamentos no Serviço
Nacional de Saúde (SNS) está a precisar de substituição ou de fazer
manutenção obrigatória.
"Não há nenhum hospital que não tenha
problemas com equipamentos, às vezes são os mais insuspeitos, os maiores
hospitais, que têm mais problemas", afirmou.
Miguel
Guimarães deu o exemplo do Hospital de São João (Porto), "durante
muitos anos considerado o melhor hospital português", que tendo
"excelentes profissionais e uma capacidade de resposta invulgar", teve o
seu investimento em equipamentos "praticamente parado". Mas tal como o
São João, outros grandes hospitais vivem a mesma realidade, notou.
Questionado sobre os 160 milhões de euros
previstos para investimento no SNS (incluindo equipamentos e edifícios)
no próximo ano, o bastonário dos Médicos considerou o montante
insuficiente. "Se se quiser equilibrar o SNS tem de se investir bem mais
do que isso", comentou.
Ainda quanto
ao orçamento para a área da saúde, o representante dos médicos lamenta
que Portugal vá continuar abaixo da média da Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) quanto ao que dedica à
área em comparação com o Produto Interno Bruto (PIB).
Miguel
Guimarães recordou que em 2016 o orçamento da saúde correspondia a 5,9%
do PIB, valor que em 2017 e em 2018 estará nos 5,2%, quando a média da
OCDE é de 6,5% do PIB.
"Continuamos com
um valor muito abaixo", notou o bastonário, considerando que este é o
indicador que permite perceber a aposta na área da saúde em função das
possibilidades económicas dos países.
* O ministro da tutela também está a perder a validade, o próprio ainda não deu conta.
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