HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
Açores com mais reclamações à ANACOM sobre comunicações eletrónicas
Os Açores lideram
nas reclamações à Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) sobre
comunicações eletrónicas por cada cem mil habitantes, de acordo com um
documento hoje divulgado por esta entidade.
.
.
Segundo
o documento, no primeiro semestre do ano, a ANACOM recebeu dos Açores
123 queixas por cada cem mil habitantes, quando em Portugal continental
esse número é de 116 reclamações por cada cem mil habitantes e na
Madeira 115.
Numa
conferência de imprensa em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, o
presidente da autoridade, João Cadete de Matos, explicou que “uma das
matérias de trabalho da ANACOM é acompanhar as reclamações que são
feitas pelos consumidores junto dos operadores”.
“No
caso das comunicações há problemas com a venda dos serviços e com
aspetos relacionados com a contratualização dos serviços e aspetos
relacionados com o cancelamento dos serviços”, precisou João Cadete de
Matos, frisando que esta “é uma matéria” que tem vindo a insistir junto
dos operadores de telecomunicações na necessidade de “reduzir
drasticamente o número de reclamações em Portugal, melhorando a
qualidade de satisfação dos consumidores”.
Já
no caso das reclamações sobre serviços postais, a Madeira apresenta 55
reclamações por cada 100 mil habitantes, seguindo-se os Açores, com 30
queixas em cada cem mil habitantes e, por fim, o continente português
com 20.
O
presidente da ANACOM reconhece nos Correios problemas com “os tempos de
espera relacionados com o atendimento e, também, atrasos na entrega”.
“É
um tema que tem sido motivo da agenda das reuniões de trabalho com os
CTT e vamos ter de ter em consideração para o futuro”, referiu,
esclarecendo que, pese embora os indicadores revelarem que “houve uma
melhoria em relação aos Açores no cumprimento dos prazos de entrega,
nomeadamente do correio normal, o correio azul está um bocadinho mais
afastado dos indicadores” nacionais.
Para
o presidente da ANACOM, “quer no correio, quer sobretudo nas
encomendas, com o desenvolvimento do comércio eletrónico”, têm de ser
criadas condições para que os Correios “prestem o seu serviço”.
O
responsável da delegação dos Açores da ANACOM, Luís Anselmo, que também
esteve presente na conferência de imprensa, explicou que nas
fiscalizações às estações de Correios verifica-se que “existem poucas
pessoas para atender” e confirmou-se que os reembolsos das passagens
aéreas “fez crescer imenso o tempo de espera de atendimento”.
João
Cadete de Matos considerou ser desejável neste aspeto “formas mais
expeditas”, dado que se está numa época de “simplificação
administrativa”, para que o serviço de reembolso seja mais célere e com
menos incómodo, mas ressalvando que esta não é uma competência da
ANACOM.
O
presidente da ANACOM adiantou que, no que respeita às redes de alta
velocidade, constata-se que nos Açores há “assimetrias”, com concelhos
que ainda não beneficiam de um nível de acesso tão evoluído como outros,
“situação que é em tudo análoga ao que se passa nas zonas do interior,
norte, centro e sul do país”.
No
documento distribuído aos jornalistas, a ANACOM conclui, por exemplo,
que nos Açores há uma “significativa cobertura de redes fixas de alta
velocidade”, “elevados níveis de utilização da Internet (redes sociais,
comércio eletrónico e ‘e-government’) e “níveis de satisfação elevados”.
Já nos serviços postais, a densidade da rede postal e demora do encaminhamento é aceitável, considera a ANACOM.
* O cidadão comum frente aos tubarões das operadoras de comunicações não passa de uma pequena e frágil amiba.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário