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diz que houve fraude na Tecnoforma
diz que houve fraude na Tecnoforma
Relatório do gabinete anti-fraude da Comissão Europeia contraria o Ministério Público e conclui que houve fraude na Tecnoforma.
O gabinete anti-fraude da Comissão Europeia
diz que houve fraude no caso da Tecnoforma, empresa onde Pedro Passos
Coelho foi consultor e administrador, contrariando as conclusões do
Ministério Público, que não encontrou irregularidades, avança o
“Público”, esta segunda-feira.
Adianta ainda que “o montante a
recuperar” pelas instituições europeias, devido às irregularidades
detetadas na Tecnoforma, ascende a 6.747.462 euros.
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De acordo com o “Público”, o gabinete anti-fraude da Comissão Europeia
(OLAF) concluiu que “foram cometidas graves irregularidades, ou mesmo
fraudes, na gestão dos fundos europeus” atribuídos, entre 2000 e 2013,
aos projetos da Tecnoforma e a outros cujo titular foi a Associação
Nacional de Freguesias (Anafre), mas cuja execução foi sub-contratada,
em 2006, à Tecnoforma.
Este inquérito foi levado a cabo pelo OLAF, que apesar de estar datado
de 2015, nunca tinha sido divulgado, refere que a conduta da Tecnoforma
foi fraudulenta na utilização de fundos europeus.
Caso Tecnoforma
O caso remonta a 2012, quando o Departamento Central de Investigação e
Ação Penal (DCIAP), solicitou apoio ao OLAF, que disponibilizou dois dos
seus inspetores de nacionalidade portuguesa.
Em causa estava a forma
como alguns financiamentos nacionais e europeus tinham sido utilizados
pela empresa.
O DCIAP, avaliava um eventual favorecimento da empresa por parte de
responsáveis políticos, entre os quais Miguel Relvas, secretário de
Estado responsável pelo programa Foral, ao abrigo do qual a Tecnoforma
foi financiada entre 2000 e 2006.
Na mesma altura, o DIAP de Coimbra fazia
outra investigação à empresa, neste caso um possível favorecimento da
Tecnoforma, e a forma como foram geridas as verbas atribuídas a um
projeto de formação de pessoal para os aeródromos e heliportos
municipais da região Centro. Inquérito que seria arquivado em 2014.
No entanto, apesar, da investigação ter sido classificada como urgente
pela direção do DCIAP, até meados de 2015, altura em que o OLAF concluiu
o seu inquérito, a investigação esteve praticamente parada, adianta o
jornal. E em setembro de 2017 o processo foi encerrado e arquivado pelo
DCIAP.
O encerramento do inquérito permitiu o conhecimento do relatório do
OLAF, onde se pode ler: “Todas as despesas relacionadas com o
funcionamento das suas atividades são imputadas aos projetos, embora
resulte das demonstrações financeiras e económicas que uma parte muito
significativa da sua atividade tem lugar em Angola.”
E ainda, que as despesas listadas nas contas desses projetos a partir de
2004 envolvem casas de que a empresa era proprietária em Angola, bem
como “veículos topos de gama, frigoríficos, arcas congeladoras, placas
de aquecimento, televisores, geradores, máquinas de lavar roupa,
colchões, armários e quadros, etc.”
* E assim se chega a primeiro-ministro...
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