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Trump revoga norma de Obama e
deixa milhões de mulheres em risco
Decisão permite aos empregadores negar seguros de saúde que cubram o planeamento familiar e métodos contracetivos a mulheres
A
administração Trump revogou, esta sexta-feira, uma norma do Obamacare
que fazia com que os empregadores tivessem de fornecer seguros de saúde
que cobrissem planos contracetivos para mulheres. Esta decisão vem no
seguimento de uma promessa eleitoral do Presidente dos EUA que agradou
bastante os apoiantes de Trump que são cristãos conservadores.
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Fontes
governamentais afirmaram, segundo a Reuters, que duas novas regras
federais vão permitir que qualquer entidade, tenha como objetivo lucrar
ou não, possa evocar razões religiosas ou morais para obter uma exceção à
lei de contraceção.
A decisão irritou
alguns ativistas mas agradou aos cristãos conservadores. Não é ainda
claro quantas mulheres vão perder o direito a contraceção e que empresas
vão usar a exceção agora permitida.
"A administração Trump atingiu 62 milhões
de mulheres", afirmou Cecile Richards, presidente da Federação Americana
de Planeamento Familiar.
"É um ataque
inaceitável a cuidados de saúde básicos em que a maioria das mulheres
confia. Com esta regra, qualquer empregador pode decidir que as
funcionárias não tenham um seguro de saúde que cubra a contraceção e o
planeamento familiar", acrescentou.
Trump,
que criticou o controlo de nascimentos e o planeamento familiar na
última campanha eleitoral, ganhou um suporte bastante forte dos votantes
cristãos e conservadores. O Presidente assinou uma ordem executiva, em
maio, a pedir que as regras permitissem a grupos religiosos negar aos
seus funcionários cobertura de seguro de saúde a que se opunham devido a
crenças religiosas.
"Devemos ter
espaço para as organizações viverem de acordo com as suas ideias
religiosas sem enfrentarem discriminação", disse fonte do Departamento
de Saúde à BBC.
As
novas regras, que entram desde já em vigor, estão a ser criticadas por
ativistas dos direitos das mulheres e democratas no Congresso.
* Uma pena a mãe de Trump não ter abordado quando estava grávida deste anormal.
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