HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/
/DA MADEIRA"
Milhares de pessoas caminham
no sábado contra o cancro da mama
na Região centro
Mais
de oito mil pessoas participam no sábado, em sete cidades da região
Centro, em caminhadas de sensibilização para a importância da prevenção e
deteção precoce do cancro da mama.
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Organizadas pelo Movimento
Vencer e Viver, do Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o
Cancro (LPCC), as caminhadas realizam-se simultaneamente em Aveiro,
Castelo Branco, Coimbra, Covilhã, Guarda, Leiria e Viseu. Até
quinta-feira havia já cerca de oito mil inscritos, um número que deve
aumentar significativamente no sábado.
“As expectativas são as
melhores. As pessoas estão cada vez mais sensibilizadas para este
problema que é de todos. É um problema da comunidade, em que todos temos
que assumir o compromisso de ajudar”, disse hoje à agência Lusa Olga
Brás, coordenadora regional do movimento.
A iniciativa,
intitulada “Pequenos Passos, Grandes Gestos”, realiza-se pelo oitavo ano
consecutivo, sempre no Mês Internacional de Prevenção do Cancro da
Mama. Até à edição de 2016, inclusive, estas caminhadas reuniram 60 mil
participantes e angariaram 200 mil euros.
Na opinião de Olga Brás, “ninguém está indiferente a esta causa”.
“Todos
nós temos de fazer um esforço para conseguir unir e chamar a atenção
para a grande necessidade da prevenção e de detecção precoce do cancro
da mama. E, mais uma vez, chamar a atenção para a mulher não faltar ao
rastreio, porque quando o cancro é detectado atempadamente as coisas têm
um final muito mais feliz”, frisou.
As caminhadas são precedidas
de várias actividades de animação e terminam num ambiente de
confraternização, sendo feito o apelo à participação de pessoas de todas
as idades e de ambos os sexos.
A inscrição tem o valor de cinco
euros, que revertem na íntegra para o Núcleo Regional do Centro da Liga
Portuguesa Contra o Cancro.
Segundo Vitor Rodrigues, do Núcleo
Regional do Centro da LPCC, trata-se de um ambiente de festa, porque “já
lá vai o tempo em que um diagnóstico de cancro era imediatamente
acompanhado pela ideia de morte”.
Na sua opinião, importa
reforçar a ideia de que, “ao longo das últimas décadas, vários fatores
foram alterando essa realidade: armas terapêuticas mais disponíveis,
mais eficazes e menos agressivas, técnicas de diagnóstico mais apuradas,
maior consciencialização das pessoas para a necessidade e utilidade do
diagnóstico precoce, diminuição do medo face ao diagnóstico e ao
tratamento”.
Estes foram “factores que influenciaram decisivamente a contínua batalha contra esta doença”, sublinhou.
As
caminhadas ocorrem em sete cidades da região Centro onde existem
extensões de funcionamento deste movimento de entreajuda, que visa o
apoio à mulher desde o momento em que é diagnosticado um cancro da mama.
O
trabalho do Movimento Vencer e Viver baseia-se no contacto pessoal
entre uma mulher que está a viver uma situação de particular
vulnerabilidade e uma voluntária que já passou por uma situação
semelhante.
Entre os seus objectivos estão “o apoio emocional à
mulher, seus familiares e amigos através do testemunho da voluntária
(extensão, hospital, domicílio ou através de linha telefónica de apoio) e
a promoção da melhoria de qualidade de vida pela disponibilização de
vários serviços tendo em vista o bem-estar físico e emocional da
mulher”.
O movimento refere que se estima que, na Europa, “surjam
todos os anos 430.000 novos casos de cancro da mama e que uma em cada
dez mulheres venha a desenvolver a doença antes dos 80 anos”.
“O
cancro da mama é o tipo de cancro mais comum entre as mulheres e
corresponde à segunda causa de morte por cancro, na mulher. Em Portugal,
anualmente são detectados cerca de 6.000 novos casos de cancro da mama e
1.500 mulheres morrem com esta doença”, acrescenta.
* Sensibilizar homens e mulheres.
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