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Carros a gasóleo são piores para as
.alterações climáticas, diz estudo
.alterações climáticas, diz estudo
Os carros
a gasóleo são piores para as alterações climáticas, não só poluindo
mais como também emitindo mais gases com efeito de estufa do que os
carros a gasolina, segundo um estudo divulgado este domingo.
A
Federação Europeia de Transportes e Ambiente fez uma análise do ciclo
de vida dos carros a gasóleo e dos carros a gasolina e comparou as
emissões de dióxido de carbono (CO2).
Esta
análise da Federação, a que pertence a associação ambientalista
portuguesa Zero, conclui que há um maior impacto climático do gasóleo.
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Esse maior impacto deve-se ao processo de refinação deste combustível, que tem um uso mais intensivo de energia, e ainda à necessidade de utilizar mais materiais na produção de motores mais pesados e complexos.
Esse maior impacto deve-se ao processo de refinação deste combustível, que tem um uso mais intensivo de energia, e ainda à necessidade de utilizar mais materiais na produção de motores mais pesados e complexos.
Também contribui para um maior impacto climático o facto de haver emissões mais elevadas do biodiesel misturado no gasóleo.
Os carros a gasóleo emitem ao longo da sua vida mais 3,65 toneladas de CO2 do que um equivalente a gasolina.
"Esta
análise desacredita a afirmação dos fabricantes de automóveis de que
carros a gasóleo são necessários para atingir os seus objetivos
climáticos", refere a associação Zero, parceira da Federação Europeia de
Transportes e Ambiente, que realizou este estudo.
A
Federação considera que, na Europa, o mercado automóvel "é distorcido a
favor do gasóleo", nomeadamente através de regulamentos "tendenciosos e
impostos injustos".
A quota de carros a gasóleo na Europa é de 50%, enquanto na China e nos Estados Unidos corresponde a 2% e 1%, respetivamente.
Dois
anos depois do 'dieselgate' -- com a descoberta de que alguns
fabricantes de carros usavam um dispositivo para manipular as emissões
de poluentes nos testes -, a Federação Europeia de Transportes e
Ambiente alerta que existem "mais de 37 milhões de carros e carrinhas
ilegalmente poluentes que circulam por toda a Europa".
"É
hora de os fabricantes de automóveis assumirem a responsabilidade pela
limpeza e financiamento das medidas locais para combater a crise da
poluição atmosférica urbana que em grande parte causaram", argumenta a
Federação.
* Embora seja notícia não constitui novidade, é sabido há muitos anos.
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