18/09/2017

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ESTA SEMANA NO 
"DINHEIRO VIVO"

Bitcoin vai tentando sobreviver 
aos inimigos que acumula

Presidente da JP Morgan classificou a bitcoin como “uma fraude” e a China proibiu transações da moeda virtual, que chegou a cair quase 50% esta semana

Depois de um mês e meio em ascensão contínua, a bitcoin, que em meados de agosto chegou a valer mais de quatro mil dólares e em inícios de setembro quase bateu o recorde de cinco mil dólares, esteve perto de perder quase metade do seu valor ao longo desta última semana. 
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Na sexta-feira, a criptomoeda acabou mesmo por cair abaixo dos três mil dólares, o que corresponde a uma queda de 40% face aos valores atingidos no início do mês. Depois de ser considerada como “uma fraude” pela JP Morgan e de ver o cerco apertado em alguns países, a bitcoin tem conseguido reagir e, à data e hora desta publicação, valia cerca de 3.600 dólares.

A moeda que vai somando inimigos 
Por sentimento de ameaça ou superstição, não faltam opositores à moeda virtual e ao seu potencial. Na passada terça-feira, o presidente da JP Morgan, Jamie Dimon, considerava a bitcoin como “uma fraude” que irá eventualmente “colapsar” e que, por isso, era um recurso apenas utilizado por “traficantes de drogas, assassinos e criminosos”. 

 Estas declarações tiveram um impacto notório: Quando a bitcoin estava perto de valer 5 mil dólares, as palavras de Dimon fizeram-na cair para os 3,5 mil dólares (2,9 mil euros), o que representa uma queda de 30%. 

Mas não foram apenas as declarações da JP Morgan que contribuíram para a queda. Antes disso já a China tinha tomado acções mais radicais contra a moeda, proibindo todas as transações de divisas digitais e ainda ilegalizado a ICO – uma fórmula matemática que analisa as transações e os respetivos valores, dando novas moedas como forma de recompensa. 

Se as críticas começaram por ser tímidas, certo é que já ecoam pelos quatro cantos do mundo e agora vêm do Reino Unido, Rússia e até da Índia: A FCA, entidade reguladora britânica, deixou um alerta aos amantes da bitcoin, avisando-os que todos os seus investimentos na moeda podem simplesmente desaparecer. A Rússian, por seu lado, já adiantou estar a trabalhar para ‘apertar o cerco’ à Bitcoin, cuja atividade vai ser alvo de uma maior regulação, de modo a evitar atividades ilícitas. Por fim, também a Índia se manifestou, através da sua Agência Federal, dizendo não estar “confortável” com a existência da moeda virtual no quotidiano, pelo menos até que esta esteja devidamente regulada.

* A Bitcoin nunca foi para nós atractiva.

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