HOJE NO
"OBSERVADOR"
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21 fotos da vida dentro das
.casas-cubículo de Hong Kong
.casas-cubículo de Hong Kong
Por um apartamento com menos de 1,5 metros quadrados, os habitantes de Hong Kong podem ter de pagar o equivalente a 255 euros. A sanita fica ao lado do fogão. A cama é também a mesa de jantar.
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Há tantas pessoas a viver em Hong Kong, que tem a mesma área que o
distrito de Lisboa, como quase 75% da população portuguesa. Atrás do
néon das grandes lojas de tecnologia, das montras de marcas de luxo e
dos arranha-céus dos grandes centros económicos, cerca de 200 mil
pessoas (40 mil das quais crianças) vivem dentro de cubículos que não
têm mais do que 10 metros quadrados e que custam pelo menos 210 euros
mensais.
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O fotógrafo Benny Lam passou quatro anos a visitar essas casas.
Muitas vezes nem sequer se conseguia por de pé, contou à National Geographic.
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Estes
cubículos com paredes feitas de tela de arame são ilegais: são
construídos à margem da lei por donos de apartamentos com 40 metros
quadrados que os dividem em verdadeiras jaulas. Dentro desses cubículos,
a sanita fica mesmo ao lado do fogão e a cama é também a mesa de
jantar. É o resultado de uma realidade sufocante num país em crescimento
mas sem espaço, com o mercado imobiliário mais caro do mundo.
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Quatro anos depois de visitar as casas destas pessoas, que são sobretudo
empregados de mesa ou seguranças em centros comerciais nas ruas mais
luxuosos de Hong Kong, Benny Lam publicou a série de fotografias
“Trapped”, de que fala também na sua página de Facebook. Para ele, é também um ensaio sobre as injustiças sociais nesta região autónoma chinesa.
* Quando estivemos em Hong Kong demos bem conta de como a maior miséria suporta o luxo. Não são precisas 21 fotos.
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