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884 milhões de pessoas em todo o mundo
.ainda sem acesso a água potável
.ainda sem acesso a água potável
Cerca
de 884 milhões de pessoas, maioritariamente na África Subsaariana,
permanecem ainda sem acesso à água potável, reporta hoje um relatório do
Programa Conjunto de Monitorização das Nações Unidas.
O
documento, elaborado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância
(UNICEF) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS), analisa a situação,
até 2016, da água potável, saneamento e higiene em mais de 200 países e
territórios.
No relatório, é indicado que, em relação ao
saneamento, apenas 2.900 milhões de pessoas (39% da população mundial)
têm acesso a serviços sanitários seguros e com respetivo tratamento de
esgotos, o que contrasta com os mais de 890 milhões de cidadãos que
ainda, segundo o UNICEF e OMS, optam pela “defecação pública”.
Sobre
os hábitos de higiene, sobretudo no que diz respeito ao acesso a água e
sabão, as duas organizações lembram que apenas foi possível proceder a
uma comparação de dados em 70 países (representando 30% da população
mundial).
A situação mais grave acontece nos países em vias de
desenvolvimento, sobretudo na África Subsaariana, em que, segundo o
UNICEF e a OMS, 27% da população tem acesso a água e sabão, 26%
debate-se com a falta de um desses produtos e 47% não tem qualquer
possibilidade de obtê-los.
No documento, é referido que 2.100
milhões de pessoas (três em cada 10) ainda estão sem acesso a água
potável em casa e mais de 4.200 milhões (seis em cada 10) não dispõem de
saneamento nos locais de residência.
Segundo as duas
organizações, uma das principais conclusões do estudo é a existência de
um grande número da população mundial sem acesso a água potável,
saneamento e higiene, significativamente mais nas zonas rurais do que
nas urbanas. “A água potável, saneamento e higiene em casa não deve ser
um privilégio daqueles que são ricos ou que vivem nos centros urbanos.
Estes são alguns dos requisitos mais básicos de que necessita a saúde da
humanidade, pelo que todos os países têm a responsabilidade para os
garantir a toda a população”, sublinhou, no relatório, o diretor-geral
da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus,
O responsável da OMS lembra
que, desde 2000, mais de 1.000 milhões de pessoas ganharam acesso a água
potável e saneamento, salientando, porém, que ainda existem muitas
casas, escolas e unidades de saúde sem sabão e água, o que leva à falta
de práticas de higiene, havendo o risco de doenças, como diarreias, que
afetam sobretudo as crianças.
A diarreia, lembra o UNICEF, mata
todos os anos 361 mil crianças com menos de cinco anos, provocada pela
falta de saneamento básico, água contaminada e pela transmissão de
outras doenças, como a cólera, disenteria, hepatite A e febre tifoide.
“Água segura, saneamento efetivo e a higiene são críticos para a saúde
de qualquer criança ou comunidade. À medida que melhorarmos estes
serviços nas comunidades mais vulneráveis estaremos a dar-lhes uma
hipótese mais justa para um amanhã melhor”, disse, por seu lado, o
diretor executivo do UNICEF, Anthony Lake.
As metas contidas nos
Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS) das Nações Unidas até
2030, salientam as duas organizações, são claras e preveem uma
diminuição significativa das desigualdades nestas três áreas, algo que
está em curso, mas que, em 90 países, decorre de forma “muito lenta”.
Se
se garantirem maiores progressos nas três áreas, lembram o UNICEF e a
OMS, haverá, até 2030, uma redução “significativa” do número de mortos e
de doenças ligadas à inalação de produtos químicos e de ar, água e
terra contaminados.
Tal permitirá uma redução importante nas taxas de mortalidade materna e de crianças até aos cinco anos.
* E o que faz o G20 por estes desgraçados.
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