HOJE NO
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Governo pondera taxar 'junk food' e
.aumenta taxa de bebidas açucaradas
.aumenta taxa de bebidas açucaradas
Ideia é induzir "um comportamento do consumidor mais saudável"
As taxas sobre as
bebidas açucaradas vão ser redefinidas para penalizar as mais
prejudiciais à saúde e o Governo pondera passar a taxar também produtos
alimentares com elevados teores de sal ou gordura saturados.
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Em
entrevista à agência Lusa, o ministro da Saúde disse que está a
trabalhar com o Ministério das Finanças e com as empresas do setor para
introduzir um novo perfil "mais inteligente" do modelo de taxas sobre as
bebidas açucaradas.
"Creio que temos
condições para que no próximo Orçamento do Estado possamos dar um passo
inovador", disse, garantindo que o "objetivo é proteger a saúde pública,
mas sempre respeitando a "razoabilidade fiscal".
Adalberto Campos Fernandes explicou que a
ideia é recriar o modelo para que seja "mais indutor de um comportamento
do consumidor mais saudável".
Questionado sobre se a ideia é ter mais caro o que é menos saudável, o ministro confirmou que "o caminho só pode ser por aí".
"Ser
mais fácil e mais barato comprar produtos saudáveis. E ser mais caro e
penalizador comprar produtos que não são saudáveis. Num quadro de grande
equilíbrio. Estamos a falar de proteger os interesses das empresas do
ponto de vista da sua atividade industrial, mas também populações de
baixo rendimento que não podem ser prejudicadas com uma abordagem muito
fundamentalista", afirmou.
Campos
Fernandes ficou satisfeito com os resultados da introdução, este ano, da
taxa sobre as bebidas açucaradas, que desde fevereiro levou a uma
quebra de 72% do consumo daquelas bebidas.
Mais
do que o dinheiro conseguido com a taxa, que contribui para a
sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS), o ministro diz que o
importante é o efeito na saúde das pessoas, que "provavelmente será
visível dentro de meia-dúzia de anos".
"Alterou
a própria atitude dos industriais, sensibilizou as populações e os
efeitos sobre o consumo são muito mais importantes, do ponto de vista da
prevenção da obesidade e diabetes, do que os 80, 90 ou 100 milhões
significam", declarou.
Quanto ao
alargamento de uma taxa do mesmo género a produtos alimentares, Campos
Fernandes reconhece que o chamado "lixo alimentar" ('junk food') será um
alvo prioritário:
"Se vivêssemos num
mundo ideal, aquilo que é classicamente reconhecido por todos como 'junk
food', hipercalórico, com elevado teor de sal e gordura saturados,
seria claramente a nossa prioridade".
Como
medidas paralelas e adicionais já tomadas, Campos Fernandes recordou a
introdução de ementas vegetarianas nas escolas e as restrições a alguns
alimentos mais calóricos nas máquinas de vendas automáticas dos
hospitais do SNS.
"Vamos seguramente
ser mais agressivos em 2018", prometeu, indicando que as medidas são
sempre tomadas e acompanhadas pelos representantes dos setores.
* Afinal não é democrático proibir que as pessoas se envenenem, o veneno é que encarece.
* Afinal não é democrático proibir que as pessoas se envenenem, o veneno é que encarece.
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