HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/
/DA MADEIRA"
Cônsules vão percorrer país para conhecer necessidades de portugueses
Responsáveis
consulares portugueses vão percorrer a Venezuela, a partir desta
quarta-feira e até 01 de outubro, para fazerem um levantamento das
necessidades dos portugueses e lusodescendentes naquele país, que
atravessa uma crise política, social e económica.
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A iniciativa
vai levar “cônsules de carreira, cônsules honorários e os dois
conselheiros sociais a percorrer mais de nove mil quilómetros até aos
pontos mais recônditos da Venezuela”, anunciou hoje o secretário de
Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, durante uma
audição na comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros e Comunidades
Portuguesas.
PSD e CDS-PP pediram hoje a audição do secretário de
Estado das Comunidades Portuguesas no parlamento sobre a situação dos
portugueses e lusodescendentes na Venezuela.
“O agravamento da
situação de instabilidade na Venezuela exige, da nossa parte, um
acompanhamento periódico da evolução dos fenómenos dramáticos de
violência, com profundas implicações humanitárias para a comunidade
portuguesa radicada naquele país”, afirma o CDS no requerimento,
propondo a audição, à porta fechada, do secretário de Estado, que esteve
na Venezuela no início de junho.
Na resposta, Santos Silva
disponibilizou-se para regressar ao parlamento caso esta audição também
abranja temas de política externa e não se restrinja à situação da
comunidade portuguesa naquele país.
Também o PSD entregou um
requerimento a pedir a audição de José Luís Carneiro sobre a situação da
Venezuela, entre outros assuntos, como problemas de funcionamento da
rede consular, os portugueses no Reino Unido ou a plataforma de ensino à
distância.
A situação dos portugueses dominou grande parte da
reunião da comissão de Negócios Estrangeiros, com todos os partidos a
reiterarem preocupações e também a questionarem o Governo sobre a forma
como está a ser acautelada a integração dos cerca de quatro mil
emigrantes que entretanto regressaram à Madeira.
O ministro
concordou com a necessidade de “apoiar a integração” e garantiu “total
disponibilidade” do Governo português para o reconhecimento de
habilitações ou documentação de indocumentados, assinalando que Portugal
“beneficiou muito, mas mesmo muito, com os então chamados de
retornados” e também “beneficiará com um bom acolhimento” dos
portugueses que estavam na Venezuela.
O deputado social-democrata
José Cesário relatou que, na noite passada, “mais de cem
estabelecimentos, muitos deles de portugueses, foram saqueados” em
Maracay.
Santos Silva informou que as autoridades venezuelanas
contactaram entretanto o embaixador português em Caracas, “lamentando os
distúrbios ocorridos em Maracay e colocando à disposição de Portugal os
apoios que já anteriormente tinham sido prometidos”.
Cesário,
anterior secretário de Estado das Comunidades, também alertou para a
necessidade de garantir que não haverá um hiato, dada a saída iminente
do embaixador e dos dois cônsules-gerais na Venezuela, recebendo a
garantia do ministro de que tal não acontecerá.
O diplomata
Fernando Teles Fazendeiro seguirá para Bucareste, mas este posto “pode
esperar o tempo que for necessário, os portugueses na Venezuela e os
lusodescendentes é que não podem correr o risco de descontinuidade”,
disse o governante.
* Os portugueses e luso descendentes na Venezuela precisam do mesmo apoio que os portugueses de Pedrógão Grande, por estarem a muitas horas de distância não podemos assobiar para o lado, Nicolas Maduro é um assassino, muito pior que qualquer incêndio.
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