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O perigo das alergias
na condução automóvel
A primavera traz mais calor, mas também
uma maior propensão para as alergias, chegando a época em que muitos dos
pólenes de árvores como pinheiros, plátanos, azinheiras e carvalhos,
mas também de ervas como as gramíneas, pairam no ar, podendo vir a
causar fortes problemas ao nível da respiração e da visão dos seres
humanos.
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Trata-se de reações alérgicas
de cariz sazonal em que as pessoas sofrem de espirros sucessivos,
comichões nos olhos, sensação de nariz entupido e falta de ar, levando,
em casos mais extremos, a casos de agravamento de rinite ou de situações
de asma nas pessoas que padeçam desta última.
A Fundação Portuguesa do Pulmão indica, a este respeito, que a rinite alérgica "é a doença alérgica crónica mais comum, afetando cerca de um quarto da população nacional, crianças e adultos, inclusive entre os idosos", sendo mais prevalente nos grandes centros urbanos.
Percebe-se, assim, que para a prática da condução, alergias causadas
pelos pólenes são também perigosas, uma vez que é necessária uma atenção
total e contínua ao que se passa na estrada.
Contudo, nem sempre tal é
possível devido às condições de olhos secos, corrimento nasal abundante
e, de forma frequente, dores de cabeça ligeiras a moderadas. Além disso,
espirros consecutivos podem reduzir dramaticamente a atenção à estrada,
retirando momentos preciosos de cuidado que podem causar acidentes.
Tanto mais que uma das soluções é a medicação e alguns desses podem
ter influência sobre a prática da condução como efeito secundário (a
leitura da bula dos fármacos é sempre fundamental). Antes de qualquer
tentativa de automedicação, deve passar por uma consulta médica com um
especialista na área de alergologia de forma a tratar convenientemente a
sua condição alérgica. Para saber quando é que os pólenes estão mais
ativos, a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica
(SPAIC) tem no seu site boletins polínicos nos quais avalia o risco de
alergias decorrentes da presença de pólenes no ar.
O interior dos carros pode-se assumir como um pequeno núcleo de
refúgio para as condições de alergia, em especial nos mais modernos que
contam com filtros específicos de habitáculo, que retêm muitos pólenes e
poeiras exteriores. A sua ação acaba por ser importante para a
manutenção da qualidade do ar no interior do veículo e algumas marcas
dedicam mesmo grande atenção à qualidade do ar no habitáculo. Os filtros
têm de ser substituídos mediante uma quilometragem ou quadro temporal
(variável), devendo ser mudados para impedir a acumulação de partículas e
bactérias. Os filtros com elementos de carbono ativo são melhores para
reter gases, odores e bactérias.
* Se tem propensão para as alergias primaveris consulte o seu médico para se proteger e cuidado ao volante.
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