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HOJE NO
"RECORD"
José Lourenço toma posse no CPP e
quer equiparação aos 'olímpicos'
José Lourenço tomou posse esta sexta-feira como presidente do Comité Paralímpico de Portugal
(CPP) e traçou como objetivo principal durante o seu mandato, até 2020,
a equiparação com os atletas olímpicos, nomeadamente no capítulo das
bolsas. Com os olhos postos para os Jogos Paralímpicos de Tóquio'2020, o
dirigente considera fundamental melhorar também as condições de
trabalho dos atletas, treinadores e guias.
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"A prioridade é o
programa de preparação para Tóquio, em 2020, e a parte do
desenvolvimento desportivo. Se as pessoas com deficiência identificarem
que existem condições podem estar mais motivadas à prática desportiva",
afirmou José Lourenço em declarações à Lusa, frisando que existe um
hiato demasiado grande entre o apoio aos atletas olímpicos e os
paralímpicos.
"A
dimensão é muito grande. Por exemplo nas bolsas, o valor do 'nível 3'
olímpico é o dobro do 'nível 1' paralímpico. Isto é uma situação que
limita. O valor da preparação de um atleta paralímpico é de 8.750 euros e
num olímpico são 30 mil euros. Existem provas em que na primeira
deslocação, nomeadamente ao continente asiático, o dinheiro é logo todo
gasto. Depois não existem mais verbas para o atleta se poder preparar",
revelou.
O dirigente realça ainda que esta diferenciação de tratamento acaba por afetar a preparação do atleta uma vez que este é obrigado a conjugar a vida profissional com a prática desportiva.
"Temos atletas, na dimensão paralímpica, que trabalham em fábricas, que se levantam às cinco da manhã para irem trabalhar e que têm de conciliar a prática desportiva com a profissional, porque a bolsa de preparação que recebem não lhes permite ter uma dedicação exclusiva. Não se pode pensar que o atleta de 'nível 3' que recebe pouco mais de 200 euros possa deixar o trabalho. A maioria dos atletas vive nessa realidade", apontou.
Além destes pontos, José Lourenço considerou também fundamental alargar a base de recrutamento, sendo para isso essencial, por um lado, a ligação ao desporto escolar e, por outro, a sensibilização dos médicos no aconselhamento da prática desportiva aos portadores de deficiência.
"Temos de colocar esta população a praticar desporto. Queremos ir aos locais onde existem pessoas portadoras de deficiência e alguém os encaminhar para a prática desportiva. Há muitos casos em que, da parte da família, existe o receio de que a prática desportiva acentue mais a deficiência e não é nada disso que acontece. O desporto mitiga as limitações da deficiência", realçou.
Quando faltam três anos para os Jogos Olímpicos de Tóquio'2020 - ano em que coincide com o fim de mandato da direção que hoje tomou posse -, José Lourenço adianta que neste momento não há definições no quadro dos atletas, deixando claro a necessidade de rejuvenescimento.
"Não sabemos neste momento quais os atletas que vamos ter em Tóquio. A média de idade dos que estiveram no Rio de Janeiro (2016) era de 34 anos. Alguns desses atletas já não vão a Tóquio", concluiu.
* A luta é brava mas aliciante e os paralímpicos merecem tudo do melhor.
O dirigente realça ainda que esta diferenciação de tratamento acaba por afetar a preparação do atleta uma vez que este é obrigado a conjugar a vida profissional com a prática desportiva.
"Temos atletas, na dimensão paralímpica, que trabalham em fábricas, que se levantam às cinco da manhã para irem trabalhar e que têm de conciliar a prática desportiva com a profissional, porque a bolsa de preparação que recebem não lhes permite ter uma dedicação exclusiva. Não se pode pensar que o atleta de 'nível 3' que recebe pouco mais de 200 euros possa deixar o trabalho. A maioria dos atletas vive nessa realidade", apontou.
Além destes pontos, José Lourenço considerou também fundamental alargar a base de recrutamento, sendo para isso essencial, por um lado, a ligação ao desporto escolar e, por outro, a sensibilização dos médicos no aconselhamento da prática desportiva aos portadores de deficiência.
"Temos de colocar esta população a praticar desporto. Queremos ir aos locais onde existem pessoas portadoras de deficiência e alguém os encaminhar para a prática desportiva. Há muitos casos em que, da parte da família, existe o receio de que a prática desportiva acentue mais a deficiência e não é nada disso que acontece. O desporto mitiga as limitações da deficiência", realçou.
Quando faltam três anos para os Jogos Olímpicos de Tóquio'2020 - ano em que coincide com o fim de mandato da direção que hoje tomou posse -, José Lourenço adianta que neste momento não há definições no quadro dos atletas, deixando claro a necessidade de rejuvenescimento.
"Não sabemos neste momento quais os atletas que vamos ter em Tóquio. A média de idade dos que estiveram no Rio de Janeiro (2016) era de 34 anos. Alguns desses atletas já não vão a Tóquio", concluiu.
* A luta é brava mas aliciante e os paralímpicos merecem tudo do melhor.
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