07/02/2017

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HOJE  NO
"OBSERVADOR"

As crianças começam 
a ter medo da Internet

Segundo um estudo da Kaspersky Lab, cerca de 67% das crianças europeias admitem ter medo ou ficar preocupadas quando estão na Internet. Assédio em jogos e brinquedos hackeados são algumas das causas.

Devido ao grande número de ameaças online, cerca de dois terços (67%) das crianças europeias, entre os 10 e os 15 anos, admitem ter medo, ou ficarem preocupadas, quando estão ligadas à Internet. As preocupações, segundo o comunicado da Kaspersky, surgem devido à possibilidade de os brinquedos poderem ser corrompidos por um hacker ou devido a assédio em jogos online.
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Os dados resultantes do inquérito realizado mostram que cerca de 29% das crianças tem medo que um desconhecido as possa intimidar através da Interne, 23% diz ter medo de receber propostas por parte de pessoas que não conheçam para fazerem algo com que não se sentem à vontade e 22% receia que lhes peçam algo ilegal. O número desce para 21% quando são inquiridos sobre o medo de alguém aceder a informação pessoal, mesmo depois desta ser apagada.

A consciência do poder da rede parece ser algo bastante presente nos mais novos uma vez que quase metade dos inquiridos mostra arrependimento por algo que publicou e que possa afetadr amigos ou outras pessoas.

“As vantagens de as crianças estarem online e conectadas são muitas. Por isso, é fácil esquecermo-nos de que crianças e jovens são por si só vulneráveis e que se podem expor a perigos, tendo ou não consciência disso, na utilização da Internet e dispositivos conectados”, afirma Alfonso Ramirez, Diretor Geral da Kaspersky Lab Iberia.

É recomendado que se trabalhe em conjunto para proporcionar um ambiente mais seguro para as crianças. A Kasperky aconselha algumas medidas que devem ser tomadas para garantir que os mais novos se sintam seguros online:
  1. Informar sobre os possíveis perigos – Muitos pais podem achar que é uma conversa repetitiva, mas é uma maneira de ajudar a lembrar que o medo que sentem por estarem online também pode ser aplicado ao mundo real;
  2. Encorajamento – As crianças devem ser encorajadas a falar sobre aquilo que lhes acontece na rede, incluindo situações em que não se sintam confortáveis;
  3. Esclarecer as regras – Os mais novos devem ter plena consciência do que podem e do que não podem fazer e quais as consequências que podem surgir ao quebrarem estas regras;
  4. Controlo parental pode ser uma solução – Muitos pais não concordam com os programas de controlo parental, mas esta pode ser uma maneira de garantir a segurança dos mais novos limitando o acesso dos mesmos à rede. Aposte num anti-vírus que inclua um modulo de controlo parental;
  5. Atenção redobrada aos smartphones e tablets – Os dispositivos móveis começam a ser uma maneira fácil de aceder a dados pessoais, tornando estes dispositivos um alvo que deve ser protegido, especialmente o dos mais novos;
* Não devia ser necessário ter medo duma ferramenta tão útil, são muitos os malfeitores da web.

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