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Trinta por cento dos trabalhadores em Portugal ganham menos de 600 euros
Atualmente,
30% dos trabalhadores portugueses ganham até 600 euros, conclui-se do
relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico
(OCDE) sobre a economia portuguesa publicado na segunda-feira.
"Um
aumento para os 600 euros pago 14 vezes por ano, por exemplo, a ser
decidido pelos parceiros sociais e como previsto no programa do Governo,
seria mais do que o que 30% dos trabalhadores atualmente ganham", lê-se
no documento.
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Fonte da OCDE explicou, esta terça-feira, à Lusa, que, na prática, isto quer dizer que atualmente 30% dos empregados ganham salários mensais de menos de 600 euros.
Fonte da OCDE explicou, esta terça-feira, à Lusa, que, na prática, isto quer dizer que atualmente 30% dos empregados ganham salários mensais de menos de 600 euros.
De acordo com o relatório
trimestral de setembro de 2016 sobre a evolução do salário mínimo
mensal, a proporção de trabalhadores que ganham o salário mínimo
nacional passou dos cerca de 12% em janeiro de 2010 para os 19,6% em
abril de 2016, "coincidindo os aumentos mais intensos com as
atualizações do valor da remuneração mínima mensal garantida,
especialmente na alteração dos 485 euros para os 505 euros e na
alteração dos 505 euros para os 530 euros".
Neste
relatório elaborado pelo Governo, é ainda referido que, "em virtude dos
dois últimos aumentos da remuneração mínima mensal garantida (outubro
de 2014 e janeiro de 2016)", a proporção de trabalhadores que ganham o
salário mínimo aumentou de "cerca de 16% para aproximadamente 19%".
Reconhecendo
que estes aumentos salariais podem ter efeitos positivos na igualdade
salarial, a OCDE refere que há um risco de "exacerbarem as desigualdades
de rendimento na medida em que reduzem as perspetivas de os
trabalhadores pouco qualificados conseguirem encontrar trabalho".
A
organização de Angel Gurría indica que o aumento do salário mínimo
nacional de janeiro de 2016, para os 530 euros, "fez com que o salário
mínimo atingisse os níveis salariais de 30% dos trabalhadores empregados
e que o valor do salário mínimo atingisse quase 60% da média dos
salários".
A OCDE alerta que as
perspetivas de continuar a subir o salário mínimo nacional "arriscam-se a
desfazer as melhorias alcançadas na competitividade, que são vitais
para os exportadores".
O executivo de
António Costa aumentou o salário mínimo para os 530 euros em 2016 e para
os 557 em 2017 e pretende continuar a subir o seu valor gradualmente
até atingir os 600 euros em 2019, tal como ficou assumido no programa do
Governo.
Outro aspeto apontado pela
OCDE é que estas pressões salariais "podem fazer ressurgir as extensões
administrativas de acordos de negociação coletiva [as chamadas portarias
de extensão], incluindo para empresas que não estavam envolvidas no
processo de negociação".
Para a OCDE,
promover a negociação salarial "ao nível da empresa através de
requisitos de representatividade mais rigorosos (...) e com
possibilidade de as empresas saírem iria resultar num melhor alinhamento
da evolução dos salários e a saúde e produtividade das empresas".
Desta
forma, seria possível reforçar a competitividade das empresas
portuguesas e, assim aumentar os incentivos ao investimento, defende a
OCDE, acrescentando que a negociação feita ao nível da empresa (em vez
de a nível setorial) "pode ser acompanhada de medidas que reforcem a
representação dos trabalhadores".
* Se desempenhássemos um cargo no governo jamais sorriríamos enquanto existissem estes ordenados de miséria, não temos competência para ser ministros mas muitos que o foram revelaram-se absurdamente mais incompetentes do que nós, além de corruptos.
* Se desempenhássemos um cargo no governo jamais sorriríamos enquanto existissem estes ordenados de miséria, não temos competência para ser ministros mas muitos que o foram revelaram-se absurdamente mais incompetentes do que nós, além de corruptos.
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