HOJE NO
"OBSERVADOR"
Canonização de Lúcia fica dependente
do Papa após conclusão
do processo em Coimbra
O processo de canonização da vidente de Fátima Lúcia de Jesus tem a fase diocesana concluída, anunciou a Diocese de Coimbra, em cuja área faleceu em 2005 a religiosa e onde foi aberto o procedimento.
O processo de canonização da vidente de Fátima Lúcia de Jesus tem a
fase diocesana concluída, anunciou esta sexta-feira a Diocese de
Coimbra, em cuja área faleceu em 2005 a religiosa e onde foi aberto o
procedimento.
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QUAL DELAS? |
A Diocese de Coimbra revela ainda, numa nota esta
terça.feira publicada no jornal diocesano “Correio de Coimbra”, que “a
sessão solene de clausura do Inquérito Diocesano do Processo de
Beatificação e Canonização da Serva de Deus Lúcia de Jesus se realiza a
13 de fevereiro, no Carmelo de Santa Teresa”, em Coimbra.
O inquérito diocesano “reúne todos os escritos da Irmã Lúcia,
os depoimentos das [60] testemunhas ouvidas acerca da [sua] fama de
santidade e das [suas] virtudes heroicas”, acrescenta a Diocese de
Coimbra.
Após a Sessão de Clausura, todo o material recolhido será entregue na Congregação das Causas dos Santos, em Roma, que dará o adequado seguimento, de acordo com as normas estabelecidas pela Igreja”, adianta o Santuário de Fátima, na sua página oficial na internet.
O processo de “canonização da Irmã Lúcia de
Jesus (1907-2005), uma das três videntes de Fátima” passa, assim,
agora, para a competência direta do Vaticano e do papa, explica o
Santuário, sublinhando que “Irmã Lúcia [fica] mais perto da
beatificação”.
A parte inicial da causa de canonização de Lúcia
começou em 2008, três anos após a sua morte, depois de o agora papa
emérito Bento XVI ter concedido “uma dispensa em relação ao período de
espera estipulado pelo Direito Canónico (cinco anos)”.
O padre
Carlos Cabecinhas, reitor do Santuário de Fátima, recebeu a notícia com
“muita alegria”, mas, salienta, esta alegria “responsabiliza o Santuário
e os seus peregrinos naquela que é a sua tarefa primordial, a oração”.
“O
desafio que deixo a todos é que rezem para que o processo chegue ao seu
termo o mais depressa possível”, disse o reitor, citado pelo Santuário
de Fátima.
Todos temos consciência da importância da Irmã Lúcia, a vidente que viveu mais anos; a sua fama de santidade e aquilo que se espera é que possamos apoiar com a nossa oração um processo complexo mas que estamos certos terá bom acolhimento”, acrescentou.
O processo de canonização de Lúcia, cuja
abertura ocorreu em 30 de abril de 2008, por decisão do então bispo de
Coimbra, Albino Cleto, “demorou alguns anos por causa da quantidade de
documentos deixados e a necessidade de os trabalhar bem”, disse ao
Santuário de Fátima, Ângela Coelho, vice-postuladora da causa de
canonização da Irmã Lúcia.
“Cada página que a Irmã Lúcia escreveu
teve de ser minuciosamente analisada e estamos a falar de um universo de
10.000 cartas que conseguimos recolher e de um diário com 2.000
páginas, para além de outros textos mais pessoais”, destacou Ângela
Coelho, que é também postuladora da causa de canonização dos pastorinhos
beatos Jacinta e Francisco Marto (“os irmãos que, juntamente com Lúcia,
segundo o testemunho reconhecido pela Igreja Católica, presenciaram as
aparições da Virgem Maria na Cova da Iria, entre maio e outubro de
1917”).
O processo para a beatificação de Lúcia tem de considerar
que se está na presença de “uma mulher que viveu quase 98 anos, que se
correspondeu com papas, desde Pio XII até João Paulo II”, com cardeais e
bispos, entre “muitas outras pessoas”, salientou Ângela Coelho.
* Achamos que para a mentira ficar completa a senhora Lúcia deve ir aos canones.
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