HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
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Domingues impôs condições
para esperar por Macedo
António Domingues impôs condições para aceitar o convite do ministro
das Finanças para prolongar a sua estadia na Caixa Geral de Depósitos
até à chegada de Paulo Macedo e da sua equipa. O banqueiro pretendia que
a tutela encontrasse uma solução legal que enquadrasse a prorrogação do
seu mantado, mas acabou por considerar não ter condições jurídicas para
ficar no banco do Estado além de 31 de Dezembro, sabe o Negócios.
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Ao
que o Negócios apurou, Mário Centeno convidou o ex-presidente da Caixa a
ficar na instituição até ser substituído a 29 de Dezembro, dois dias
antes da data em que, legalmente, cessavam as suas funções já que a
renúncia ao cargo foi formalizada em Novembro. Domingues mostrou
disponibilidade para permanecer na CGD desde que o Ministério das
Finanças apresentasse uma solução legalmente aceitável para esta
prorrogação de funções.
A
30 de Dezembro, o convite da tutela foi formalizado por escrito. No
entanto, depois de avaliar os termos deste documento, Domingues entendeu
que as condições que tinha imposto não estavam satisfeitas e que, por
essa razão, não tinha condições jurídicas para prolongar a sua estadia
na Caixa, apurou o Negócios.
A posição do ex-presidente da
CGD foi comunicada ao ministro das Finanças na noite de 30 de Dezembro e
representou um volte-face em relação à informação prestada por fonte
oficial das Finanças que, na tarde dessa sexta-feira, adiantou ao
Negócios que Domingues e a restante equipa tinham concordado em adiar a
sua saída do banco.
O Negócios sabe que apenas Domingues
foi convidado a prorrogar o seu mandato até 31 de Janeiro, ou seja, um
mês além da data legalmente prevista para a sua saída da Caixa.
Recorde-se
que a 1 de Janeiro entrou em vigor a alteração legislativa que
clarifica que os administradores da CGD estão obrigados a entregarem as
suas declarações de rendimentos no Tribunal Constitucional, apesar de o
banco ter deixado de estar sujeito ao Estatuto do Gestor Público em
todas as restantes regras previstas neste diploma.
Domingues
sempre foi contra a obrigação de apresentação da declaração de
rendimentos, posição que, aliás, o levou a renunciar à administração da
Caixa, depois de cinco semanas de polémica pública em termo deste tema. O
banqueiro entendeu não ter condições para ficar depois de o Presidente
da República ter defendido publicamente que os gestores da CGD estavam
obrigados a entregar as declarações no TC.
Ainda
antes de bater com a porta, Domingues entregou voluntariamente a
declaração de rendimentos no Tribunal Constitucional, sob reserva e com o
pedido expresso de que o documento seja mantido em sigilo. Até esta
segunda-feira, 2 de Janeiro, os juízes do Palácio Ratton ainda não se
pronunciaram.
* A telenovela ainda não acabou, aguardam-se mais episódios, francamente sr. ministro das Finanças, o senhor é uma pessoa de bem....e esta história cheira mal!
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