02/01/2017

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HOJE  NO
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Estado viola lei ao pedir fotocópias 
do Cartão de Cidadão

Há várias entidades do Estado que estão a violar a lei ao pedirem fotocópia do Cartão de Cidadão. Uma prática que é ilegal desde 2007 e que será punida com uma contra-ordenação que vai de 250 a 750 euros.

São vários os formulários da Segurança Social, por exemplo, que exigem a apresentação da fotocópia do Cartão de Cidadão. É o caso do requerimento de proteção jurídica ou do requerimento de pegamento de créditos emergentes do contrato de trabalho. Nestes formulários lê-se: “Documentos a apresentar: fotocópia de Bilhete de identidade/Passaporte/Autorização de residência ou documento análogo do requerente e demais pessoas que com ele vivem em economia comum…”.
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NINGUÉM LHE LIGA
Também hoje o jornal Público dá conta que alguns bancos ou o programa de apoio a rendas para jovens, o Porta 65, exigem a fotocópia do cartão de cidadão para que se abra uma conta via online ou para que se apresente a candidatura ao apoio de uma renda.

De acordo com a Lei do Cartão do Cidadão, em vigor desde 2007, “é igualmente interdita a reprodução do cartão de cidadão em fotocópia ou qualquer outro meio sem consentimento do titular, salvo nos casos expressamente previstos na lei ou mediante decisão de autoridade judiciária”, lê-se no artigo 5º. No entanto, a exigência da fotocópia do cartão de cidadão sem o consentimento do titular é ainda uma prática generalizada.

Depois de vários alertas da Comissão Nacional de Protecção de Dados para o risco de clonagem de cartões e usurpação de identidade, o governo deu entrada, no parlamento, de uma alteração à lei que introduz a aplicação de contra-ordenações.

A proposta de alteração à lei está à espera de aprovação desde junho do ano passado.

* A sra. ministra Maria Manuel Leitão Marques, pronunciou-se há uns meses sobre esta exigência ilegal, pensámos que após as suas afirmações iria ser reposta a legalidade, pelos vistos quer entidades públicas, quer entidades privadas estão-se "marimbando" para o que diz a sra. ministra.
O valor das cóimas vale pelo ridículo.

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