HOJE NO
"OBSERVADOR"
Estudo.
Carros autónomos vão congestionar
mais o trânsito
Com a mobilidade autónoma na ordem do dia, um estudo inglês vem, de certa forma, colocar água na fervura, ao concluir que os carros autónomos podem contribuir para o congestionamento do trânsito.
Numa altura em que a tendência é enaltecer as vantagens – conforto, segurança, entre outras – da mobilidade autónoma, um
estudo agora divulgado pelo Departamento de Transportes do Reino Unido
vem aplacar um pouco as expectativas quanto às vantagens que os carros
sem condutor poderão trazer. Desde logo, ao concluir que, mesmo sem a imprevisibilidade que constitui um ser humano ao volante, situações como as longas filas de trânsito tenderão a aumentar.
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Segundo
avança este estudo, intitulado “Research on the Impacts of Connected
and Autonomous Vehicles (CAVs) on Traffic Flow” e divulgado pelo
britânico Daily Mail,
os congestionamentos no Reino Unido deverão aumentar cerca de 0,9%
quando, nas estradas britânicas, um em cada quatro automóveis for
autónomo. Sendo que a previsão é feita com base no facto de a primeira
geração de veículos sem condutor poder vir a ser, à partida, mais lenta
na tomada de decisões que um humano. No entender do Departamento de
Transportes do Reino Unido, as coisas só deverão melhorar a partir do momento em que, entre 50 e 75% dos carros nas estradas sejam autónomos.
No entanto, e como aspecto positivo, o estudo conclui igualmente que, a
partir do momento em que todos os britânicos adiram ao automóvel
autónomo, será possível esperar um corte de cerca de 40% no atraso que
as filas de trânsito hoje em dia provocam. Tal como poderá vir a
registar-se uma diminuição de 12,4% no tempo perdido no trânsito
citadino, a partir do momento em que 25% dos carros no Reino Unido forem
autónomos.
Por outro lado e apesar das expectativas que os fabricantes têm vindo a procurar criar junto dos clientes, um
outro estudo, da KPMG e publicado pelo mesmo jornal, avança que, na
próxima década, metade dos condutores actualmente existentes no Reino
Unido dificilmente desejará sequer ter um carro autónomo.
Aliás, 75% dos executivos da indústria automóvel britânica dizem
acreditar que, só para lá de 2025 é que a condução autónoma, enquanto
serviço proporcionado ao cliente, conseguirá suplantar a opção pela
propriedade do automóvel.
* Ainda a "procissão" vai no adro.
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