HOJE
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Ex-ministro da Saúde Paulo Macedo nega ter pressionado em favor da Octapharma
O futuro presidente da CGD diz que pondera ir para tribunal
O
ex-ministro da Saúde negou hoje que tenha exercido quaisquer pressões
junto do ex-presidente do INEM Paulo Campos ou de qualquer outra pessoa,
para beneficiar a Octhapharma, dirigentes desta empresa ou seus
familiares.
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"Considero ofensiva a
imputação que me é dirigida e ponderarei, oportunamente, accionar os
mecanismos legais ao meu dispor para publicamente repor a honorabilidade
da minha pessoa e do exercício do meu mandato como Ministro da Saúde",
referiu Paulo Macedo, em comunicado enviado à agência Lusa.
A
posição de Paulo Macedo, escolhido recentemente pelo governo para a
presidência executiva da Caixa Geral de Depósitos, surgiu na sequência
de notícias que indicam que Paulo Campos denunciou à Polícia Judiciária
pressões do ex-ministro da Saúde para reintegrar, como diretora no INEM,
a irmã de Lalanda e Castro, então patrão da Octapharma, numa situação
passível de configurar tráfico de influências.
Refutando
tais imputações, Paulo Macedo observa que para cargos dirigentes ou de
chefia (nomeadamente no INEM) é necessária a realização de concursos,
submetidos à sindicância da CRESAP/Comissão de Recrutamento e Selecção
para a Administração Pública.
Na mesma nota envida à Lusa, Paulo Macedo assegura que não conhece Lalanda e Castro, nem os seus familiares.
"Durante
o meu mandato, não só não promovi qualquer benefício específico à
Octapharma, como a faturação desta entidade ao Estado reduziu. Em 2014
foi cerca de metade da existente em 2010 conforme dados fornecidos pelo
Infarmed/Instituto da Farmácia e do Medicamento", frisou Paulo Macedo.
Segundo
o ex-ministro da Saúde, acresce que o valor da contribuição para
empresas farmacêuticas que não celebrem acordo com o Estado para a
limitação dos encargos com medicamentos foi inovatoriamente aprovado
(até aí não ressarciam o Estado com qualquer valor) na Assembleia da
República para o ano de 2015, o que levou a que empresas farmacêuticas
não aderentes aos acordos celebrados com o Estado em 2012, 2013, 2014 e
2015, como foi o caso da Octapharma, ficassem por essa via, pela
primeira vez, sujeitas a pagamentos ao Estado neste âmbito.
Em
sua opinião, é ainda relevante referir que para possibilitar "maior
transparência e melhores condições contratuais para o Estado foram
lançados concursos públicos, que visam a obtenção de melhor preço em
ambiente concorrencial para a compra de plasma e seus derivados, os
quais, por despacho seu, enquanto ministro da Saúde, passaram a ser
directamente acompanhados pela Auditora Jurídica do Ministério da Saúde,
magistrada do Ministério Público (MP) designada pela Procuradoria-Geral
da República.
Paulo Macedo esclarece
que a instauração de procedimento disciplinar ao então presidente do
INEM, Paulo Campos - processo esse integralmente instruído na Inspecção
Geral de Saúde, entidade dirigida por magistrada do MP -- bem como a
proposta de aplicação de sanção disciplinar prenderam-se com
"comportamentos considerados disciplinarmente censuráveis por violação
dos deveres decorrentes do exercício de funções públicas".
Contactado
pela agência Lusa, Paulo Campos disse reiterar as declarações que
prestou sobre o assunto à TVI e ao jornal Correio da Manhã, bem como às
entidades que investigam o processo-crime do plasma sanguíneo,
escusando-se a adiantar mais pormenores uma vez que foi chamado a depor
junto da Polícia Judiciária e o caso encontra-se em segredo de justiça.
O
Correio da Manhã noticia que Paulo Campos recebeu uma ordem de Paulo
Macedo para colocar a irmã de Lalanda e Castro num lugar de chefia,
tendo-se recusado a cumprir a mesma.
* Em Paulo Campos não acreditamos de certeza absoluta e achamo-lo bem capaz de caluniar, quanto a Paulo Macedo deveria levar o ex-dirigente do INEM a tribunal, o bom nome não tem preço.
* Em Paulo Campos não acreditamos de certeza absoluta e achamo-lo bem capaz de caluniar, quanto a Paulo Macedo deveria levar o ex-dirigente do INEM a tribunal, o bom nome não tem preço.
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