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CaixaBank abre portas a redução de
900 trabalhadores no BPI
Em Outubro, a OPA pressupunha o corte de mil postos de trabalho. Quatro meses depois, a oferta fala em 900. O CaixaBank garante que a reorganização dará "prioridade a reformas antecipadas e ‘lay-offs’ incentivados".
O corte de postos de trabalho no Banco BPI mencionado na oferta do
CaixaBank é de 900 trabalhadores. É este o número que possibilita um
rácio de gastos com pessoal no banco português idêntico aos pares.
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"O
rácio de gastos com pessoal por receitas da sociedade visada [BPI] em
2015 é de 44% enquanto o dos seus pares domésticos se situa num nível de
35%. O ajuste deste rácio de 44% da sociedade visada para os referidos
35% dos seus pares domésticos equivaleria a uma redução de 900
trabalhadores", indica o prospecto da OPA lançada pelo grupo catalão publicado esta segunda-feira, 16 de Janeiro.
Segundo o documento, revelado após o registo da operação pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, este corte de pessoal equivaleria a uma "poupança de aproximadamente 45 milhões de euros em gastos com pessoal", tendo como base o custo médio por trabalhador do BPI.
Os 900 trabalhadores correspondem a uma actualização dos mil funcionários que tinham sido já quantificados em Maio - e repetidos em Outubro -, quando a administração de Artur Santos Silva e Fernando Ulrich avaliou a oferta preliminar lançada em Abril e depois actualizada em Setembro. O banco contava com 5.757 funcionários na actividade doméstica em Setembro do ano passado.
"A redução de despesas com pessoal resultante de quaisquer reestruturações laborais seria realizada pelo oferente [CaixaBank] em estrito cumprimento dos parâmetros sociais que têm vindo a ser observados pelo oferente em procedimentos similares (incluindo a reorganização interna do oferente em 2013), dando prioridade a reformas antecipadas e ‘lay-offs’ incentivados", continua o documento, repetindo o que já constava da consideração feita pela administração em Março passado.
As sinergias previstas pelo CaixaBank passam, sobretudo, pelo corte de custos. "Quanto às sinergias de custos, o oferente prevê actualmente que a implementação gradual poderá gerar até 84 milhões de euros anuais de poupanças no negócio da sociedade visada em Portugal, antes de impostos (-17% da base de custo recorrente doméstico da sociedade visada), esperando-se que atinjam o seu pico no ano de 2019: (i) aproximadamente 45 milhões de euros (-15% da base recorrente da sociedade visada), que derivariam da poupança de custos com pessoal. (ii) aproximadamente 39 milhões de euros (-20% da base recorrente da sociedade visada), que derivariam de redução de custos gerais".
Em termos de balcões, não parece ao CaixaBank que seja necessário mais cortes do que aqueles que estão a ser implementados ao ritmo actual. "A sociedade visada tem vindo a reduzir a sua rede de balcões em Portugal até aos actuais 545. Mais concretamente 52 balcões em 2015 e 52 adicionais até Setembro de 2016. A manter-se esta tendência em 2017, o oferente não prevê encerramento adicional de balcões".
* Não é a má gestão dos banqueiros que lixa a vida de quem para eles trabalha, a culpada é a puta da conjuntura.
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