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"JORNAL DE NOTÍCIAS"
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Imigrantes ilegais explorados
só comiam massa, batatas e arroz
Um
patrão de estufas português e dois cidadãos estrangeiros foram acusados
pelo Ministério Publico do crime de tráfico de seres humanos, na
sequência de uma investigação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.
A
investigação do SEF conduziu à libertação de 23 imigrantes ilegais que
eram explorados e obrigados a viver em condições miseráveis.
Dois
cidadãos estrangeiros, de 29 e 32 anos de idade, que se encontram em
prisão preventiva, angariaram os trabalhadores e colocaram-nos na
exploração agrícola. O proprietário da exploração, um português de 40
anos, orientava os trabalhadores e mantinha-os alojados numa instalação
insalubre, sem condições mínimas de habitabilidade e sem alimentação
suficiente. Os imigrantes só comiam massa, batata, cebola e arroz,
segundo comunicado do SEF chegado ao JN.
Os
imigrantes pernoitavam na exploração agrícola, mas também em condições
sub-humanas, alojados em camaratas em terra batida, os imigrantes
dormiam em beliches e a única casa de banho para 23 pessoas não tinha
água canalizada.
Os ilegais tinham
assinado um contrato de trabalho escrito em português quando não
conheciam a língua portuguesa e tinham sido levados a aceitar as
condições a troco de serem legalizados.
Tal
contrapartida não correspondia, no entanto, à realidade, segundo
destaca o SEF. No entanto, após as detenções do patrão português e dos
dois estrangeiros, o SEF recolheu os imigrantes, procedendo agora à sua
legalização, tendo em conta a "sua condição de vitimas".
Os
arguidos, dois dos quais estão em preventiva, estão acusados de auxílio
à imigração ilegal e angariação de mão de obra ilegal.
* Portugal é mais xenófobo do que se pensa, por isso foram escassas as manifestações de protesto contra a entrada da Guiné Equatorial na CPLP, por isso os srs. Aníbal Silva e Pedro Coelho foram tão complacentes com o ditador obiang.
Estamos interessados em saber se o agricultor esclavagista é sócio da CAP ou outra associação de agricultores e em caso afirmativo se haverá alguma punição a este negreiro.
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