18/10/2016

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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"

Governo prepara certificados
 de curto prazo para PME

O objectivo da medida avançada esta terça-feira pelo primeiro-ministro António Costa na conferência Via Bolsa é fornecer alternativas de financiamento às companhias portuguesas.

O primeiro-ministro António Costa garantiu esta terça-feira, 18 de Outubro, que pretende continuar a desenvolver iniciativas para dinamizar o mercado de capitais, adiantando, neste sentido, que o Governo vai avançar com duas novas medidas: a criação de certificados de curto prazo para pequenas e médias empresas e empresas de fomento da economia. O objectivo é fornecer alternativas de financiamento às companhias portuguesas. 
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SERÁ?

"Vamos avançar com a criação dos certificados de curto prazo para PME, que são instrumentos de dívida de curto prazo elegíveis para fundos harmonizados e fundos de pensões", adiantou António Costa, num discurso realizado no Via Bolsa. Além desta nova medida, o líder do Executivo informou que vai avançar ainda com a criação da " figura de empresas de fomento da economia", sociedades que possam investir no capital de empresas de dimensão reduzida, o que de outra forma não seria possível.

A falar na conferência organizada pela Euronext Lisbon, que visa promover a dinamização do mercado de capitais, António Costa referiu ainda outras iniciativas lançadas pelo Governo, nomeadamente no âmbito do Programa Dinamizar. Este programa prevê, entre outras coisas uma maior neutralidade no tratamento fiscal entre capital próprio e alheio.

"Temos a ambição de assegurar o desenvolvimento do mercado de capitais", assegurou o primeiro-ministro, realçando ainda que o Governo está ainda empenhado em melhorar a imagem do país, de modo a abrir o mercado, e garantir uma banca forte para também financiar as empresas e a economia.

Num momento em que os juros da República estão acima de 3%, Costa referiu que é preciso "eliminar as dúvidas quanto as nossas finanças públicas para contrariar uma percepção negativa quanto à nossa dívida". Lutar contra a incerteza quanto à economia portuguesa e avançar com as reformas estruturais são outras prioridades assumidas pelo governante.

"É preciso criar soluções para o sobreendividamento das empresas, o que passa por um quadro de alternativas de financiamento, o que passa pelo mercado de capitais", remata.

Já a presidente da bolsa, Maria João Carioca, aplaudiu as medidas avançadas pelo governo no Orçamento do Estado para 2017, mas diz que é preciso "continuar a fazer esse caminho", apostando na dinamização do mercado de capitais.

* A economia precisa de sair do atoleiro em que Sócrates e Passos Coelho a sepultaram.

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