ESTA SEMANA NO
"DINHEIRO VIVO"
"DINHEIRO VIVO"
"Once a Day"
Básicos que de básico não têm nada
Cansada de procurar básicos que compusessem o armário e facilitassem a mala de viagem, Rita desafiou Guilherme a criar um negócio.
Rita e Guilherme desconhecem o que passou
pela cabeça do sr. Francisco no dia em quando os recebeu, pela primeira
vez, na fábrica que tem em Santo Tirso. É ele a terceira parte deste
trio: desde o primeiro dia, garante a produção dos 20 modelos diferentes
da coleção de estreia da Once a Day, a marca lançada este ano pela
estudante de marketing e publicidade e pelo sócio, licenciado em gestão e
com um mestrado em empreendedorismo.
Rita Xavier, 21 anos, estudante do 2.ºano de marketing e publicidade no IADE, sempre gostou de moda mas foi apenas numa viagem, que fez com Guilherme à Indonésia. que se deu conta de que, no armário, não tinha básicos que a ajudassem a organizar uma mochila leve e que desse para as duas semanas de aventura, sem necessidade de grandes combinações de cores e padrões.
.
“Pensei que o melhor era levar tudo branco, preto e cinzento, para poder levar três calções e quatro t-shirts. Fui à procura e não encontrei nada. Ainda por cima estava contente porque era altura de saldos, pensei que houvesse ainda mais produtos a um preço mais baixo, mas nada. Não havia branco e preto, tudo tinha cortes estranhos. Lá arranjei três, levei-os mas quando voltei foram para o lixo, já não havia condições para continuar a usar”, conta Rita. Foi nessa altura que a estudante percebeu a necessidade de procurar uma marca que tivesse os básicos que fazem falta. E a um preço acessível.
Rita Xavier, 21 anos, estudante do 2.ºano de marketing e publicidade no IADE, sempre gostou de moda mas foi apenas numa viagem, que fez com Guilherme à Indonésia. que se deu conta de que, no armário, não tinha básicos que a ajudassem a organizar uma mochila leve e que desse para as duas semanas de aventura, sem necessidade de grandes combinações de cores e padrões.
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“Pensei que o melhor era levar tudo branco, preto e cinzento, para poder levar três calções e quatro t-shirts. Fui à procura e não encontrei nada. Ainda por cima estava contente porque era altura de saldos, pensei que houvesse ainda mais produtos a um preço mais baixo, mas nada. Não havia branco e preto, tudo tinha cortes estranhos. Lá arranjei três, levei-os mas quando voltei foram para o lixo, já não havia condições para continuar a usar”, conta Rita. Foi nessa altura que a estudante percebeu a necessidade de procurar uma marca que tivesse os básicos que fazem falta. E a um preço acessível.
Com Guilherme, 25 anos, falaram com algumas amigas e pessoas da família e perceberam que Rita não era caso único. O passo seguinte foi começar a criar as peças. Neste processo, Rita – que desenhou todos os modelos lançados pela Once a Day – contou com a ajuda preciosa da equipa de estilismo da Lanidor, parceira investidora no projeto e “verdadeira mentora” da passagem da ideia à prática.
“A família da Rita está ligada ao grupo
Lanidor e, nesse aspecto, foi bom termos o know-how”, conta Guilherme. A
ideia foi “estranhamente muito bem recebida. Apresentámos o projeto em
busca do primeiro investimento da Lanidor, de maneira a contarmos com os
serviços ao cliente e logística partilhados. Foi quase como um primeiro
empurrão. (…) Toda a gente achou que fazia falta uma marca assim no
mercado. Seguiu-se a parte de começar a arranjar uma solução, coisas
boas com investimento moderado para não ser muito arriscado”, diz Rita.
Os primeiros esboços começaram a ser desenhados há cerca de um ano,
tempo suficiente para apresentarem o projeto ao investidor, procurarem
fornecedores, aprovarem as amostras e começarem a vender online. Foi
nessa altura que conheceram o sr. Francisco.
“Portugal tem essa coisa boa das quantidades: se fossemos para países como a China ou a Índia, não iam aceitar as nossas encomendas porque são pequenas. Como trabalhos ainda em pequenas fábricas, aceitam-nas, encaixam a nossa dentro das grandes produções”, conta Rita. Na fábrica de Santo Tirso é diferente. “Se estão a trabalhar com linha branca, aproveitam e fazem 20 t-shirts para nós.E é muito por aí. Quando fizemos a produção, estava a acabar uma de 40 mil peças para a Inditex. O sr. Francisco passa de 40 mil saias para uma produção de 40 t-shirts. Ele sabe como faz e nós precisamos desta flexibilidade dos fornecedores para ir recebendo feedback e encontrarmos o produto perfeito”. Isso mesmo. É que, desde o primeiro dia, é nisso que Guilherme e Rita estão focados: encontrar o product market fit, o produto adequado ao mercado.
“Portugal tem essa coisa boa das quantidades: se fossemos para países como a China ou a Índia, não iam aceitar as nossas encomendas porque são pequenas. Como trabalhos ainda em pequenas fábricas, aceitam-nas, encaixam a nossa dentro das grandes produções”, conta Rita. Na fábrica de Santo Tirso é diferente. “Se estão a trabalhar com linha branca, aproveitam e fazem 20 t-shirts para nós.E é muito por aí. Quando fizemos a produção, estava a acabar uma de 40 mil peças para a Inditex. O sr. Francisco passa de 40 mil saias para uma produção de 40 t-shirts. Ele sabe como faz e nós precisamos desta flexibilidade dos fornecedores para ir recebendo feedback e encontrarmos o produto perfeito”. Isso mesmo. É que, desde o primeiro dia, é nisso que Guilherme e Rita estão focados: encontrar o product market fit, o produto adequado ao mercado.
“Temos vindo a alterar desde setembro.
Queremos estar sempre a evoluir. O que queremos não é mais uma marca de
roupa mas uma solução para quem gosta de moda.
Básicos que toda a gente quer sem medo do
‘não posso ter porque tens igual’”, conta Rita.
Desse trabalho conjunto nasceram pouco mais de 20 modelos em três cores
base – branco, preto e cinzento -, muitos deles produzidos apenas em
tamanho único. “Depois de desenhada a coleção, definimos a estratégia e,
na parte dos preços, percebemos logo que seria uma boa estratégia ter
preços mais justos e acessíveis, de maneira a tornar a marca conhecida
pela qualidade”, conta Rita.
Isto significa que as margens da Once a Day rondam valores que representam cerca de um terço das margens geralmente praticadas por outros negócios de moda (cerca de 15%).
Com um investimento inicial de 10 mil euros, financiados pela Lanidor, a Once a Day espera ainda este ano conseguir devolver todo o investimento inicial da empresa, provada da sustentabilidade de um negócio pensado com margens muito abaixo das praticadas pela grande maioria das marcas de roupa. “Inicialmente achávamos que o target da marca seriam mulheres entre os 16 e os 25 anos mas temos vindo a perceber que também mas não só”.
As primeiras peças produzidas pela fábrica do Sr. Francisco, 100% algodão e feitas em Portugal, foram apresentadas no Summer Market Stylista, organizado pela blogger Maria Guedes, e que junta cerca de 100 marcas, na maioria dos casos portuguesas. A experiência, contam Rita e Guilherme, não podia ter sido mais elucidativa no que toca à validação do produto no mercado.
Isto significa que as margens da Once a Day rondam valores que representam cerca de um terço das margens geralmente praticadas por outros negócios de moda (cerca de 15%).
Com um investimento inicial de 10 mil euros, financiados pela Lanidor, a Once a Day espera ainda este ano conseguir devolver todo o investimento inicial da empresa, provada da sustentabilidade de um negócio pensado com margens muito abaixo das praticadas pela grande maioria das marcas de roupa. “Inicialmente achávamos que o target da marca seriam mulheres entre os 16 e os 25 anos mas temos vindo a perceber que também mas não só”.
As primeiras peças produzidas pela fábrica do Sr. Francisco, 100% algodão e feitas em Portugal, foram apresentadas no Summer Market Stylista, organizado pela blogger Maria Guedes, e que junta cerca de 100 marcas, na maioria dos casos portuguesas. A experiência, contam Rita e Guilherme, não podia ter sido mais elucidativa no que toca à validação do produto no mercado.
“Ainda nem tínhamos a produção toda mas
fomos testar a reação e ver se era mesmo um problema. Lá percebemos que o
nosso target era mais alargado e que as pessoas acima dos 50 anos
também queriam peças deste género. Percebemos que, além de haver um
problema, aquela nossa ideia parceria ser a solução”, detalha Guilherme.
Além dos mercados, a Once a Day vende online e procura agora os
primeiros parceiros para estar presente em lojas multimarca. Os planos
de expansão passam também pela aposta no mercado externo e, a médio
prazo, pela abertura da primeira loja oficial da marca, que deverá
acontecer dentro de um ano. “Queremos que as pessoas se sintam bem
arranjadas mesmo usando um básico. Trabalhámos muito os detalhes dos
modelos e toda a comunicação é muito direcionada para a moda.
A Once a Day é uma marca de básicos que de básico não tem nada”. ° Once a Day ° Projeto começou a ser pensado em 2015, na sequência de uma viagem dos dois sócios à Ásia ° A marca tem cerca de 20 produtos criados para a primeira coleção ° A maior parte das peças são de tamanho único ° Investimento foi feito pela Lanidor. Retorno deverá ser alcançado ainda este verão.
* História de sucesso que desejamos continuidade.
A Once a Day é uma marca de básicos que de básico não tem nada”. ° Once a Day ° Projeto começou a ser pensado em 2015, na sequência de uma viagem dos dois sócios à Ásia ° A marca tem cerca de 20 produtos criados para a primeira coleção ° A maior parte das peças são de tamanho único ° Investimento foi feito pela Lanidor. Retorno deverá ser alcançado ainda este verão.
* História de sucesso que desejamos continuidade.
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