HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Bruxelas avisa Erdogan:
nenhum país com pena de morte
poderá ser membro
O aviso surge depois de o
Presidente turco, Recep Erdogan, ter colocado a hipótese de repor a pena
de morte no país, na sequência de uma falhada tentativa de golpe de
Estado e como forma de punir os envolvidos nos acontecimentos de
sexta-feira.
A chefe da diplomacia da União Europeia (UE),
Federica Mogherini, avisou hoje, em Bruxelas, que nenhum país se tornará
membro do espaço comunitário se introduzir a pena de morte.
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"Vou
ser muito clara, nenhum país se tornará um estado-membro da UE se
introduzir a pena de morte. É muito claro. É um ponto-chave", afirmou a
comissária, em resposta a uma questão, em conferência de imprensa, sobre
eventuais impactos nas negociações de uma eventual reposição da pena de
morte na Turquia.
Ao lado do secretário de Estado
norte-americano, John Kerry, Federica Mogherini lembrou que a Turquia é
membro do Conselho da Europa, que, por seu lado, assenta na convenção
dos Direitos Humanos que recusa a pena de morte.
A responsável
indicou também a necessidade de as "legítimas instituições turcas sejam
protegidas", referindo que a ordem constitucional e o Estado de direito
terão de continuar a ser observados, assim como a necessidade de serem
respeitados os direitos humanos e as liberdades fundamentais.
"Uma
tentativa de golpe de Estado não é desculpa", avisou a italiana,
garantindo que a UE será "extremamente vigilante", não só "pelo bem da
Europa, mas pelo bem também da Turquia e dos turcos".
Em Bruxelas,
onde participou num pequeno-almoço de trabalho com os seus homólogos
dos 28, Kerry afirmou, por seu lado, que a NATO também acompanha, de
forma muito próxima, a situação na Turquia.
"Como já foi dito, o nível de vigilância e de escrutínio vai ser muito alto", rematou.
Os
dois responsáveis notaram a proximidade e importância das relações
entre os EUA e a UE, que se traduz, nomeadamente na cooperação contra o
terrorismo e nos apoios à Síria, Líbia e Ucrânia.
Kerry manifestou
a sua satisfação por ser o primeiro governante norte-americano a
participar num Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros da UE e
lançou o desafio de estas reuniões decorrerem regularmente.
"Mas
isso é uma decisão dos nossos amigos europeus", indicou Kerry, ao que a
sua homóloga europeia respondeu, prontamente, "acordado".
Antes de
cumprirem um minuto de silêncio em memória das vítimas do atentado de
quinta-feira em Nice, França, Kerry afirmou ainda a união entre europeus
e norte-americanos no "lamento da dor".
"França é um dos
fundadores da UE e um dos nossos mais antigos aliados. Este ato de
selvajaria só fortalece os esforços para combater as forças
terroristas", garantiu.
O norte-americano aproveitou ainda para
repetir a posição britânica, à luz do resultado de referendo de 23 de
junho, de se manter como "parceiro forte e vital" mesmo depois da sua
saída do espaço comunitário.
O novo ministro dos Negócios
Estrangeiros britânico e um dos principais defensores do denominado
Brexit, Boris Johnson, estreia-se hoje numa reunião dos 28.
Portugal está representado pela secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares, Margarida Marques.
*Bravo sra. Federica Mogherini, não esqueça V.Exa ser Erdogan pior que um taliban.
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