ESTA SEMANA
NA
"DELAS"
Queimada viva por escolher
com quem casar
“Eu matei a minha filha porque ela
desonrou a nossa família”. As palavras são da mãe de Zeenat, a rapariga
de 17 anos assassinada Paquistão, por ter casado sem a autorização da
família. A mãe lançou-lhe petróleo sobre o corpo ainda vivo e de seguida
ateou-lhe fogo, depois de Zeenat morrer a mãe veio para a rua gritar
várias vezes as razões do assassínio.
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Este é já o terceiro crime para limpar a honra da família denunciado
este ano no Paquistão. Mas as estimativas de 2015, uma vez que a maioria
destes crimes não é registada pelas autoridades, chegam aos mil
homicídios. As famílias de origem são as primeiras agressoras das
mulheres que fogem para casar, têm experiências sexuais antes do
casamento ou se recusam a casar com os pretendentes escolhidos pelas
famílias.
Maria Sadaqat professora numa escola de Mureen, perto de Islamabad, a
capital do país, foi morta no início de junho por se recusar a casar
com o filho do reitor da escola onde dava aulas. O método foi o mesmo:
foi torturada e queimada viva.
A violência contra as mulheres no Paquistão afeta a grande maioria da
população feminina. O Estado do Punjab, uma região admnistrativa do país
aprovou recentemente legislação sobre a proteção das mulheres. Mas um
órgão consultivo e religioso daquela república laica já veio apresentar
uma proposta de lei para permitir que os homens batam nas suas mulheres.
* Infelizmente não é um filme de terror, é puro terror de mulher contra mulher.
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