.
.
HOJE NO
"OBSERVADOR"
Administradora judicial diz que greve
de jornalistas contribuiu para
a falência do Diário Económico
A administradora judicial responsável pelo processo de insolvência da
empresa que detinha o Diário Económico considera que um dos fatores que
contribuíram para o fecho do jornal foi a greve realizada pelos
jornalistas em março deste ano.
.
No relatório de insolvência da
ST&SF – Sociedade de Publicações, Lda., a que o Observador teve
acesso, a administradora judicial, Paula Mattamouros Resende, explica
que o intuito inicial da empresa era o de proceder a “uma reestruturação
e reformas profundas” que permitissem continuar a publicar o Diário
Económico em papel. “Contudo, diversas circunstâncias concorreram para
que a insolvência fosse inevitável”, escreve a responsável, que depois
enumera: “os trabalhadores fizeram uma greve geral e os fornecedores
deixaram de fornecer a empresa”.
Os trabalhadores do Diário Económico, da Económico TV e do site
do Económico — três empresas diferentes que pertencem à Ongoing —
fizeram greve a 10 de março de 2016. Na maioria jornalistas, estes
trabalhadores reclamavam
o pagamento de salários em atraso e do subsídio de Natal de 2015. A
greve durou 24 horas, mas, na opinião da administradora judicial, foi o
suficiente “para que a insolvência fosse inevitável”.
A última
edição em papel do Diário Económico chegou às bancas a 18 de março, uma
semana depois da greve. Desde essa altura, a ST&SF dispõe apenas de
30 pessoas que têm estado a trabalhar para a Económico Digital, empresa
do grupo que mantém o site Económico.
“Apesar dos números razoáveis que está a gerar, estes não são
suficientes para tornar viável a manutenção da empresa”, escreve a
administradora judicial.
Atualmente, a empresa tem dívidas a
rondar 12 milhões de euros. Os principais credores são a Segurança
Social, o Novo Banco, o Fisco e a EDP. Há ainda dezenas de jornalistas,
outros trabalhadores e fornecedores que têm valores a receber. Na
próxima quinta-feira realiza-se uma assembleia de credores para decidir o
futuro da empresa, mas a administradora judicial escreve que “não resta
outra alternativa do que propor o seu encerramento definitivamente”.
* Vamos separar as águas:
1- Gostamos de ler o "DIÁRIO ECONÓMICO", de segunda a sexta editamos, com o devido respeito e destaque, uma notícia inserida na página do jornal, se este fechar em definitivo teremos pena mas o mundo não acaba.
2- Consideramos leviano atribuir à greve dos jornalistas qualquer contributo para o fim do jornal porque este só se pode atribuir à má gestão dos administradores da empresa proprietária.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário