21/06/2016

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Banco de Portugal alerta para
 créditos fáceis, mas fraudulentos

Supervisor bancário alerta ter encontrado "diversas situações" de tentativa de aliciamento para créditos fáceis do Brasil, Benim ou Mali

O Banco de Portugal alertou esta tarde que tomou conhecimento de “diversas situações” em que estão ser oferecidos “créditos fáceis” através de e-mail e pelas redes sociais por pessoas que “invocando estarem em posições privilegiadas”, nomeadamente junto de supostas instituições financeiras fora da Europa, sugerem a contratação de financiamentos rápidos, sem formalidades ou necessidade de garantias. Mas é tudo falso. 

O banco central alertou em comunicado que estas propostas não são mais que “uma tentativa de obtenção de um benefício ilegítimo pelas entidades em causa”, já que solicitam primeiro o pagamento de uma verba inicial para só depois abrirem, supostamente, o processo do crédito. O BdP refere mesmo que esta atuação “ardilosa” visa aproveitar-se “da situação de especial necessidade das pessoas” e que tem “como único objetivo a receção do pagamento das referidas quantias pelo público e não a concessão de qualquer empréstimo”.

“Além da perda, muitas vezes irrecuperável, das quantias entregues a estas entidades, existe um risco grave inerente à disponibilização de documentação com dados pessoais àquelas entidades, possibilitando o respetivo uso indevido e fraudulento”, alerta ainda o supervisor. 

De acordo com o comunicado do BdP, estas propostas surgem de pessoas que se apresentam como responsáveis de instituições financeiras “sediadas em territórios fora da Europa – por exemplo, no Brasil, na República do Benim e na República do Mali”, que “dizem conseguir crédito, rapidamente, sem formalidades e sem necessidade de garantias, mediante um simples contrato de empréstimo”. 

 As propostas de que o BdP teve conhecimento chegaram, normalmente, por correio electrónico e pelas redes sociais recorrendo “a perfis falsos e com a utilização não autorizada de imagens de pessoas de reconhecida notoriedade pública”. Além de não terem qualquer referência clara às entidades em causa, as propostas exigem “invariavelmente o pagamento de um valor (a título de comissão, taxa, seguro, impostos, custos administrativos, bancários e outros) como requisito prévio à concessão do empréstimo prometido pelas alegadas entidades”. Esta exigência, porém, surge apenas no final do processo, já depois do envio de documentação. 
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JÁ NOS CHEGAM ESTES
O Banco de Portugal explica de seguida que a atividade de concessão de crédito está “reservada às entidades habilitadas para o efeito”, recomendando que “antes de contratarem quaisquer empréstimos ou entregarem quaisquer quantias no âmbito de contratos de empréstimo, os visados deverão sempre verificar, cuidadosamente, a legitimidade das entidades financiadoras, nomeadamente, mediante consulta prévia do sítio do Banco de Portugal na Internet, onde está publicada a lista de instituições registadas e, portanto, habilitadas a exercer atividade financeira em Portugal”.


* Atenção às vigarices dos banqueiros estrangeiros, já nos chegam as dos banqueiros nacionais  para as quais o Banco de  Portugal não fez questão em nos avisar.

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